segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Vamos criar um novo turismo!

É por isto, amigos e camaradas e ideologistas de qualquer ponto  da Rosa dos Ventos, que o país da D. Merkel manda em nós. Isto é, e estou bastante certo do que digo, um país desenvolvido. Abrir casas de meninas é o passado. Raparigas drogadas, senhoras sem dentes e imigrantes ilegais não chamam mais a atenção dos homens, o que o verdadeiro homem quer mesmo são lamas e veados!


Isto é o negócio do futuro! Estou bem ciente disso. Até podemos fazer um belo turismo zoológico-erótico com o melhor que Portugal tem para oferecer. Quantas vezes, amigos, quantas vezes não me deparei com turistas que me perguntavam alegremente onde havia uma boa casa para a loucura e eu, envergonhado, baixava a cabeça e dizia que havia poucas casas de luxo. Pudera! Onde eu nasci e arredores as senhoras que eu vejo a dar as boas-vindas aos turistas nem costumam ter dentes! E é claro que isto dá logo má imagem do país! Quantas vezes não pensei eu, se houvesse uma quinta com umas belas cabras e ovelhas, de pêlo escovado e com uma dentadura impecável, podia para lá mandar esses aventureiros. E eles saíam de lá todos contentes e iam espalhar a notícia lá na terra deles. Produto mais nacional que este não há. Estamos a importar senhoras de outras nacionalidades quando temos cabras e ovelhas doidinhas à espera deste tipo de casas! Os alemães é que a sabem e é por isso que mandam na Europa.

Aliás, digo ainda aos governantes deste país que penetrem pelo interior de Portugal à procura de ovelhas que tiraram a virgindade a pobres jovens! São às dezenas!

Fora de brincadeiras, a sério que o Velho Continente é dominado por um país onde existem "Jardins zoológicos eróticos"??? Qualquer dia rebenta o escândalo no Parlamento alemão e metade dos deputados tem raízes em zonas rurais... E obrigado CM por me possibilitares colocar Merkel e Zoofilia no mesmo texto, há anos que ansiava por este momento!

Vou escrever um livro! - Parte I.I

Há umas semanas deixei aqui para vocês um pequeno excerto do primeiro capítulo de uma futura grande obra de arte da literatura portuguesa alternativa. Antes de mais deixem-me elucidar que não penso, e seria realmente parvo, ganhar um prémio nobel por tal rabisco nem penso ser um ícone da literatura portuguesa. Até porque, para ser um ícone ou ganhar uma estatueta, preciso de uma história de vida comovente ou de ser estúpido. E agora vocês podem dizer que isso tem uma pontinha de verdade, e tem, mas não é suficiente para convencer o júri. Sei ler, tirei uma licenciatura, nunca passei em fome em criança nem levei porrada dos meus pais, tenho um trabalho sério e gosto de mulheres. Até posso ser um pouco estúpido mas a minha vida não tem grande interesse. Sou um gajo normal, por assim dizer.

Porém, e voltando ao tema, tenho andado com dificuldades em avançar na história e tenho-me limitado a escrever tópicos para abordar nas 150 páginas que ainda estão por escrever. Diversos tópicos, novos personagens, momentos-chave, enredos paralelos, dramas, algum humor, muita acção... Enfim, um livro a sério sem histórias de amor nem finais felizes. Não gosto dessas coisas. Podem chamar-me insensível ou até antiquado mas não gosto de finais felizes, previsíveis e vazios de interesse. Não poucas vezes dou por mim a ler uma história ou a ver um filme e, num quarto de hora, já sei exactamente como vai acabar. É aborrecido e eu não aprecio cenas aborrecidas. E quem diz cenas diz coisas, também não gosto de coisas aborrecidas. Portanto, garanto que o meu livro não será aborrecido! Pelo menos para mim. Ontem escrevi um pequeno momento que irei inserir no capítulo dois que me deixou a rir desalmadamente durante uns bons três minutos!

Pois bem, no texto - "Vou escrever um livro! - Parte I" ficaram a conhecer um dos personagens principais, cujo nome não revelei na altura, nem vou revelar agora. Mas vou desvendar um pouco sobre esse personagem, só para aguçar o apetite da mulherada! Esse personagem, o "padrinho", é uma mistura de Casanova com Zezé Camarinha, pêlo no peito, sucesso com as mulheres e o QI de uma ervilha. Moreno e gostoso, o "padrinho" será o personagem secundário com mais acção na história e vai estar presente em alguns momentos bastante hilariantes. Depois de dançar com uma loira e uma morena, o "padrinho" vai ser vítima de um sequestro! Exactamente, um sequestro! Com perseguições de carro, tiros, ameaças, gorilas vestidos de seguranças, crocodilos e até anões! Vai ter carros de alta cilindrada e vespas a acelerar pelas estradas nacionais deste Portugal com direito a explosões! O rapaz será levado para um armazém escondido onde será torturado! O motivo: não vou contar! Senão depois já ninguém vai querer comprar o livro e eu gostava de vender pelo menos cinco exemplares, sem contar com a minha mãe.

Espero que isto vos deixe alguma água na boca, e ainda mais espero que limpem a boca para não sujarem o teclado. E agora vou almoçar porque isto das segundas-feiras dá uma larica à uma da tarde que nem é tarde nem é cedo para ir trincar uma fatia de pão e um copo de vinho, com moderação porque sou um adulto responsável e tenho de voltar à labuta daqui a pouco. Boa semana para vocês, e para mim!

domingo, 25 de novembro de 2012

Primeira vez num estádio

Depois de um interregno legítimo, por preguiça, estou de regresso a este sítio virtual. E só por ser para vocês, já tenho aqui gatafunhos preparados para os próximos dias, de modos que este blogue vai ter mais acção do que nunca! Vejam a classe com que eu me escusei a fazer piadas sobre futebol, celebridades ou pedofilia, isto, amigos meus, é a classe que me distingue dos reles comediantes e bloguistas deste país. Mais tarde vocês irão agradecer-me.

Pois bem, recentemente tinha comentado a minha ida ao Estádio da Luz para ver o Benfica 2 - 0 Spartak Moscovo onde, sem qualquer honra, injuriei um sujeito de apito ao canto da boca. E então, para me redimir, voltei lá para ver o jogo com o Celtic e tentei não ofender ninguém. Posso dizer que foi uma missão quase bem sucedida. Mas não é isso que interessa. O facto de ter lá ido com um grupo de amigos que nunca tinham entrado num estádio de futebol fez-me pensar na minha primeira vez... ups, peço desculpa pela piada sexual, primeira vez que fui a um estádio de futebol, para ver um grande jogo.

2005, Estádio do Algarve, Algarve, Estoril contra Benfica. O Estoril, numa manobra estranha, deslocou o jogo para o Algarve, possivelmente por motivos de bilheteira. E então, lá fui eu e o meu progenitor, bater 90km para ver o SLB. Confesso que estava nervoso. Era a primeira vez na minha vida que ia ver o Benfica e era a primeira vez que via o Benfica jogar futebol e não matraquilhos. Apesar do adversário ser fraco, estava nervoso, expectante, entusiasmado. Levei a minha camisola, dessa época, e no estádio o meu pai quis oferecer-me um cachecol, que eu ainda guardo e que levo a todos os jogos. Chegamos em cima da hora e nunca mais esqueci aquele momento, a entrada nas bancadas. 30 mil pessoas de pé a cantarem "Benfica", cachecóis e bandeiras no ar, as equipas entram em campo e um ruído ensurdecedor, não conseguia parar de sorrir, esperei por aquele dia 16 anos, os jogadores passeavam a umas belas dezenas de metros de distância mas eu sabia que eles eram, delirei com os primeiros toques da bola, vibrei com o público a cantar pela equipa, disse palavrões quando o Estoril fez o 1-0, bati palmas quando expulsaram o primeiro jogador do Estoril, ri sempre que o árbitro olhava para o Simão antes de apitar uma falta, saltei e gritei e esbracejei e fiz parte da festa dos dois golos das Águias! Contudo, o maior momento da noite foi a entrada de um jogador excepcional, diferente de todos os que vi jogar até hoje: Pedro Mantorras! Presumo que ninguém no estádio tenha ficado sentado aquando da sua entrada, tudo de pé a bater palmas ao mais promissor avançado que passou pelo Benfica nos últimos 23 anos. São momentos que só se vivem uma vez. Eu vivi, naquele dia, uma das melhores experiências da minha vida.

Para animar a festa, ainda guardo o cachecol! Esteve comigo na recepção ao Spartak, na recepção ao Celtic, no 3-0 ao Porto na Taça da Liga, no 5-2 ao Rio Ave há duas épocas e em muitos mais jogos. Aquele cachecol merecia um camarote no Estádio da Luz, sempre que lá vai, o Benfica ganha! Já enviei duas cartas e sete e-mails para o departamento de marketing mas ainda não obtive resposta, é uma pena, seria a garantia de vitória em todos os jogos (acrescento que não consegui ir ver o jogo com o Barcelona nem os últimos jogos com o Porto e aproveito para pedir desculpas a todos os benfiquistas).

E por tudo isso e muitos mais, "Não percam o próximo texto, porque eu, também não!" (pequena adaptação do melhor anime de todos os tempos, este senhor dava uma excelente Voz para a Casa dos Segredos). Bem-haja amigos, boa semana!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Também tenho sósias!

A moda desta semana, fora greves e manifestações e bastonadas (deixem-me dizer que fiquei triste, esta semana nenhuma rapariga decidiu mostrar as mamas, isso mostra que o povo não está suficientemente focado no que realmente importa), foram os sósias.

Nos Estados Unidos, um rapaz descobriu um gajo igualzinho a ele. Facto engraçado - o gajo igualzinho a ele estava numa parede de um museu, num quadro com mais de quatro séculos. E o gajo é mesmo igual, tem uma certa barriga, tem barba, a expressão do olhar, igualzinho. No dia a seguir a descobrir isso, vejo a notícia de uma rapariga, também nos States, que descobriu, pasmem-se, num museu (!), um busto com um focinho igual ao seu. Mas mesmo igual. Maior facto em comum: as fotos que o rapaz e a rapariga tiraram nos ditos museus estão a fazer sucesso entre os seus amigos nas redes sociais e, de tal forma, que já chegaram a Portugal.

Pois bem, antes de vender a notícia a um qualquer tablóide luso, conto-vos que também tenho um sósia. É verdade, não se trata de nenhum irmão gémeo nem algo que se pareça. Eu já suspeitava, há uns tempos. Vi, pela primeira vez, há uns anos valentes, um quadro de um sujeito exactamente igual a mim, moreno, sorriso malandro, olhar charmoso. Depois disso, já passei algumas vezes nesse local e continuo a achar que aquele sujeito, bastante elegante, é igualzinho a mim. Sempre que vou visitar a minha avó, lá está ele, no quadro, a olhar para mim com ar gozão e sedutor. E a minha avó diz o mesmo, é igualzinho a mim. Um dia vou tirar uma foto lá perto para colocar nas redes sociais.

Para além disso, acho que hoje vi outro sósia meu. Se o Bin Laden e o Saddam Hussein tinham uns quantos, eu também posso ter dois. Não sou mais nem menos que esses dois terroristas. Foi assim, estava eu a entrar no elevador e vi-o, bonito, espadaúdo, elegante, de camisa, barba por fazer, exactamente igual a mim. Ficamos uns instantes a olhar um para o outro, depois desviamos o olhar, mas acho que ele ficou a pensar o mesmo que eu: é meu sósia! Foi um momento estranho, não estava à espera de encontrar um sósia meu no elevador. Que coincidência enorme! Voltei lá e pumbas, lá estava ele de novo! Se calhar é daqueles rapazes, fortes e musculados, que fica nos elevadores a carregar nos botões para as pessoas. Dá sempre uma boa imagem do prédio em questão. Uma vez fui ao Estádio da Luz com convite para os camarotes, Corporate Club ou algo assim, com direito a parque de estacionamento e catering, bastante agradável. Pois bem, dessa vez, estacionei o meu veículo (possivelmente o pior calhambeque que alguma vez entrou naquele parque de estacionamento) e, quando ia entrar no elevador, lá estava uma rapariga, muito bonita por sinal, a carregar nos botões. O meu sósia deve fazer isso no prédio onde eu moro, não é tão bom como no Estádio da Luz mas a rapariga também era muito mais bonita que o meu sósia.

De modos que, em resposta a essas duas pessoas lá nos States, também eu encontrei sósias meus, e logo dois! Quer dizer, agora que penso nisso, se calhar o meu segundo sósia é um espelho. Vim da rua há pouco e também estava lá um sósia do meu colega de casa. Será que conta como sósia? Ora bolas, acabei de escrever um texto sem sentido... Bem, agora já está. Melhores dias virão. Saúde amigos, não abusem no pão, nem no vinho!!!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Mammarella, bom guarda-redes, mau pai

Alguém viu o Portugal - Itália no Mundial de Futsal? Aquele guarda-redes italiano é realmente uma máquina.

Resultado à parte, os italo-brasileiros jogam bem e têm mais cinismo que os portugueses, não soubemos jogar inteligentemente e voltamos a morrer na praia. Vou só desabafar uma palavra para a dona árbitro, que é brasileira, tal como metade da selecção italiana de futsal, é de São Paulo, onde vive a maior comunidade de italianos no Mundo (a seguir a Itália), e é uma indígena sem pingo de decência. Para a próxima quero o Lucílio Batista a arbitrar um Portugal - Brasil a ver se gostam!!!

Mas, voltando ao que me fez vir aqui escrever umas linhas, até porque comecei a escrever quando Portugal ganhava 3-1, que me dizem do guarda-redes italiano, Mammarella. Que grande patife! O homem defendeu tudo o que havia para defender numa exibição fantástica. Efectuou defesas que nunca julguei estarem ao alcance de um ser humano.


Pois então, estava eu a ver o Mammarella a apanhar bolas e estava a imaginar como seria se o homem tivesse um filho e fosse jogar à bola com ele. Imaginem, um puto de 4 anos, uma bola quase do tamanho do miúdo e o Mammarella. O puto, na sua inocência de petiz italiano, manda o pai para a baliza, coloca a bola na marca de grande penalidade e faz de Pirlo nos quartos-de-final em 2012 contra a Inglaterra. Corre para a bola, chuta com a classe de um petiz italiano de 4 anos e... Mammarella defende. Volta a colocar a bola no sítio, agora é Fábio Grosso na final de 2006 frente à França, chuta com a classe de um petiz italiano de 4 anos e... Mammarella defende. Irritado, volta a colocar o raio da redondinha no sítio, cospe para o chão, agora é Totti frente à Holanda no Euro2000, arranca furioso para a bola com a raiva de um petiz italiano de 4 anos e... Mammarella defende de olhos fechados. O puto irrita-se, atira a bola para longe, chama nomes ao pai e foge para a casa da prima, começa a brincar com Barbies e vira homossexual. E porquê? Porque Mammarella, para além de ser um excelente guarda-redes, é um péssimo pai...

Veneza debaixo de água


Parece que a chuva que passou por Itália deixou algumas zonas inundadas, entre elas, Veneza. No site do jornal Expresso, vi uma foto de um casal de turistas, facilmente identificáveis pela máquina fotográfica a tiracolo, todos sorridentes e com água até aos joelhos.

(Entretanto perdi essa notícia mas vi esta fotogaleria que pode ajudar a perceber como está Veneza... Veneza, literalmente, debaixo de água)

Ora, eu, e possivelmente aquele casal antes de chegar a Itália, nunca estive em Veneza mas sempre imaginei a cidade do norte de Itália como um lago onde existiam casas que flutuavam e só havia água à volta e os veículos de transporte eram gôndolas e as pessoas apanhavam uma traineira para ir para o trabalho e na cave das pessoas havia um aquário comum a toda a cidade. Fiquei triste ao saber que Veneza afinal pode sofrer de inundações. Para mim, Veneza ser inundada era o mesmo que um vulcão ser incendiado! Veneza era uma espécie de Atlântida. Eu até acreditava que os bebés em Veneza tinham guelras! Uma povoação de anfíbios comedores de pizza. Com escamas e tudo, sereias, girinos, tritões, tudo ali à mistura. Gente simpática, no fundo. Os polícias de mota de água, os criminosos de jet ski, as modelos sempre de biquíni, os homens eram tipo Clark Kent sempre com o fato de mergulhador por baixo da camisa, as mulheres trocavam os saltos pelas galochas. Era muito mais giro.

É um drama que assola este planeta azul, se visto do espaço, algo que eu e os leitores nunca fizemos. Enfim, incêndios no Verão, inundações no Inverno, crise o ano inteiro, Natal que começa em Novembro, greves semana sim semana não. Como dizia o nosso grande comunicador Artur Albarran, "O drama, a tragédia, o horror", e é mesmo isso.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Eu aqui me confesso

Venho aqui confessar, perante este enorme público que visita este espaço de poesia em prosa, que fui um dos indivíduos que perturbou o bem-estar no Estádio da Luz na passada quarta-feira, 7 de Novembro, no jogo que opôs o Sport Lisboa e Benfica ao Spartak de Moscovo. Eu, e outro amigo, vou chamar-lhe Arnaldo, nome fictício. Ora, eu e o Arnaldo, embriagados com uma imperial comprada numa roulotte nas imediações do Estádio, não conseguimos segurar o nosso ímpeto animalesco e desatámos a ofender pessoas.

Tudo se passou ao minuto 51, ou uma coisa assim, quando o Benfica, num lance de ataque elegante, organizado e educado, chegou ao golo por intermédio de Oscar "Tacuara" Cardozo. Pois bem, o sujeito do apito, apitou e anulou um golo que seria limpo. Nisto, eu levanto-me do meu lugar, jogo os braços a eito em direcção ao céu, e exclamo a plenos pulmões: "Corno!". 36 mil pessoas no Estádio prontas a gritar golo e o árbitro não deixa que as pessoas façam a festa. Enervei-me. De seguida, o Arnaldo grita bem alto: "Cretino!!!", e os insultos prosseguiram, "Malandro", "Patife", foi um momento feio de viver. Penso que estavam crianças nas redondezas que não precisavam de ouvir tamanhas injúrias. Um deles ainda nem conseguia atar os cordões. Aqui peço desculpa a todos os que estavam por perto, aos que estavam longe, aos que queriam estar, aos que não estavam, e aos outros também. Menos aos adeptos do Spartak porque estavam do outro lado do Estádio e não falavam português.

Como é óbvio, e esta história é verídica, as pessoas atrás de nós desataram a rir. O português gosta muito de uma observação ofensiva proferida em direcção a alguém cuja profissão é alvo de chacota. 

No final o Tacuara marcou mais dois e ainda se deu ao luxo de falhar uma grande penalidade. É para aprender senhor árbitro, seu cretino! E pronto, peço novamente desculpa, lembrei-me do senhor e fiquei ligeiramente exaltado. O Benfica ganhou e ficou tudo bem no final. Prometo não voltar a injuriar um árbitro num jogo Benfica - Spartak que se realize nos próximos trinta dias. Aqui fica a promessa que tenciono cumprir. Atitudes destas não revelam a boa educação que me foi dada pelos meus pais. Eu até costumo ser bastante calmo...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Bom dia de Odin a vocês

Bom dia de Odin para todos vocês!

Menos àqueles que me chamaram idiota. Não sabiam que hoje é dia de Odin? Mas é. Há alguns anos. Coisas religiosas.

Quem é Odin? A sério que alguém perguntou isso? Por amor de Odin! Exacto, Odin é Deus, bem, não é Deus, "o" Deus, é um Deus, nem é cristão. Odin é o rei dos Deuses Nórdicos. Imagino que alguns imaginem Odin como o Hannibal de barba e olho à José Cid (a.k.a. de vidro). Mas ele é mais que isso. É, efectivamente, o pai do Thor. Tem barba e um olho de vidro. E é um mago.

                    

Segundo os nórdicos, os de antigamente, alguns dias da semana eram uma homenagem aos seus deuses: Tyr (ou Tiw, consoante a tradução ou o espaço temporal) - Tuesday, Odin (ou Woden) - Wednesday, Thor - Thursday e Freyja - Friday. É uma explicação.

Ora, o Luís de Camões dos nórdicos (não pensem que digo isto ao calhas ou que estou a tentar brincar com o facto do senhor só ter um olho, tal como o nosso poeta, até porque já fiz essa gracinha com o José Cid, também ele poeta), ora, o Luís Vaz de Camões dos nórdicos, Pai dos Deuses, Senhor de Asgard, Deus da Guerra, da Morte e do Conhecimento aparece, em várias versões, como Senhor da Poesia. Daí a alusão ao maior poeta português de todos os tempos, que só tinha um olho e contava mentiras a rimar. Odin também combatia a cavalo num cavalo de oito patas e usava magias. Podia lutar com uma espada, um machado, um pau ou até as próprias mãos ensaguentadas com o líquido que corria nas veias dos inimigos, mas não, fazia magias, tirava coelhos de cartolas e encontrava a carta que nós escondíamos no baralho. Pai dos Deuses - não era forte, não era másculo, não voava, fazia magia. Zeus era um Deus implacável que controlava os céus e era conhecido por Deus Trovão, metias-te com ele e o céu trovejava e caía-te um raio em cima, mas Odin fazia magias! Se calhar também sabia ler tarot...

Enfim, é dia de Odin, Portugal perdeu mas foi apurado para os oitavos-de-final do Mundial de Futsal e o Benfica joga mais logo, portanto, só quero pensar na bola! Troco uma fatia de pão e um copo de vinho por uma bifana e uma imperial numa roulotte nas imediações do Estádio da Luz!!!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Volta ao Algarve, não vás

Hoje apetece-me desabafar. Pois é, parece que a Volta ao Algarve em ciclismo não se vai realizar em 2013. Em causa estão as dívidas das autarquias à organização, que já li em qualquer lado que ascendem a 120 mil euros, é dinheiro. O que, por si só, é fácil de entender, o Estado está tão mal que nem existe adjectivo para classificar o estado do Estado. Mas, pergunto eu, na minha inocência, será que só o Estado tem dinheiro ou estará mesmo tudo em crise? Antes de responder, e porque não achei graça à forma como as pessoas leram o ponto de interrogação, "diz lá, ó espertinho!" ou "vai sair asneira", deixem-me apontar outro exemplo - futebol distrital no Algarve. Há muito que dezenas de clubes se vinham a arrastar, ano após ano sucediam-se as desistências e faziam-se contas ao impossível. Este ano, desapareceram vários clubes. A razão? Existem algumas.

O desporto algarvio, tal como sucede em muito sítio, subsiste à base de apoios autárquicos e subsídios do Estado e seus tentáculos. Essa vida, meus amigos, acabou, e já vai tarde. Um país como Portugal, de maus governantes em várias frentes, não pode resistir à base de subsídios. É preciso algo sério. Os treinadores levam as competições na brincadeira, os treinos são aceites por carolice e as organizações são amadoras. Os clubes são conjuntos de amigos e conhecidos que tentam brincar às casinhas com o dinheiro dos subsídios. Isso é, inevitavelmente, insustentável. É bonito meter uma fotografia no Facebooki de um jantar de Natal da colectividade lá da zona ou uma foto dos equipamentos novos com um logótipo desenhado pelo tio do fundador do clube ou os miúdos todos limpinhos com uns fatos de treino de uma marca chinesa e uma grande imagem a dizer Câmara Municipal. Mas essa tendência tende a acabar. Os clubes pequeninos vão desaparecendo, os pequenos têm de crescer e os que têm a mania que são grandes acabam. Patrocínios, apoios, trocas de favores, ajudas de custos, responsabilidade social... Não me vou alongar, hoje, por nomes teóricos e questões de comunicação. Vou falar como se fosse leigo.

As autarquias têm um montante para apoiar o desporto, lá distribuem aquilo da forma que lhes apetece, e os clubes ficam todos contentes, tratam das inscrições, da papelada, dos equipamentos, dos funcionários e, se sobrar alguma coisa, fazem uma gala no final do ano para beberem uns copos. Alguns visionários já descobriram que isso não é futuro, aliás, já não é sequer presente. No meu tempo, o clube dava muito e de mim não recebia nada, para além do meu imensurável talento para o desporto. Surgiram os sócios nos clubes pequenos que vão pagando curtas quotas e os jovens pagam uma mensalidade para praticar desporto. Pois bem, eu, apesar de ter uma licenciatura aos 23 anos tirada em seis semestres, digo que os clubes são mal geridos. Existe um mal neste país. Um gajo paga uns copos aos amigos no café, não tem dívidas na padaria, tem um negócio ou uma profissão à maneira, sabe ler e diz umas coisas engraçadas, é um bom candidato a presidente. Curiosamente, vislumbro aqui uma ligação de critérios entre os clubes mais pequenos e os clubes grandes...

in: sulinformacao.pt

Se todos fossem como o Futre já o desporto português estava noutro patamar. O Sporting foi buscar um indiano, que nem joga, e têm patrocinadores a pagar o ordenado ao rapaz, fizeram reportagens e até havia ideia para um reality show sobre a vida do Chhetri. Nos Estados Unidos os patrocinadores pagam estádios, dão orçamentos aos clubes, pagam salários a desportistas, oferecem equipamentos. Em Portugal, vive-se do Estado. Lembro-me de uma excepção: o Sporting de Braga fez um acordo com a AXA que resultou no naming do Estádio Municipal de Braga, no patrocínio da camisola e num orçamento para transferências, e o Braga ficou em 2.º lugar no campeonato, foi finalista na Liga Europa e jogou na Liga dos Campeões. Vamos deixar de viver do Estado? Boa? Volta ao Algarve, se me estás a ler, ignora o patrocínio da Santa Casa, vai vender a Volta aos bancos, às cervejarias nacionais e internacionais, às casas de apostas, às telecomunicações, às seguradoras, às agências de segurança, faz um acordo com restaurantes, hotéis, rent-a-cars, restaurantes, papelarias... para eliminar os gastos extra. A Volta ao Algarve tem melhores ciclistas que a Volta a Portugal e até teve direito a transmissão na Eurosport e RTP 2. Outra ideia, o turismo algarvio não tem qualidade nem entretenimento, vamos fazer da Volta ao Algarve um evento turístico? Entreguem a organização a uma agência de comunicação e marketing, as agências de viagens e os hotéis criam pacotes especiais, organiza-se uma feira tradicional que segue a caravana. Um esforço que a região pede, para acompanhar com uma fatia de pão e um copo de vinho.