terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Considera-te avisada, Angela


A limousine onde seguia a mulher mais poderosa do mundo teve um acidente. Um velhote, dizem, embateu no veículo onde seguia a gorda alemã mas, infelizmente, não houve feridos a registar. O governo português ainda não comentou o assunto mas eu, qual Al-Qaeda, quero, em nome de todos os portugueses, reivindicar este atentado!

O mundo está em crise e em guerra e a fome atinge milhões de pessoas e muitos milhões continuam sem acesso à Internet. Contudo, na Alemanha está tudo bem e a culpa é da Angela! Por isso, e para que ela comece a ter mais cuidado quando quiser lixar os portugueses, estou a reivindicar o atentado de ontem contra a chanceler alemã. Para além do mais, disseram-me que o mister Joachim Low está a pensar convocar a chanceler para jogar contra Portugal no Mundial 2014. Apesar de ir jogar com o 10 do Özil (foi a Angela que escolheu o número porque não curte de turcos e quis mostrar ao Özil que quem manda ali é a gorda), vai jogar ali na defesa a descair para o lado do Ronaldo, que, como se sabe, é 90% da equipa lusa. Como o Ronaldo trabalha em Espanha, ela vai criar um imposto especial para futebolistas portugueses a jogar no Real Madrid com o número 7 e durante o jogo vai penhorar a mansão do Ronaldo, o museu na Madeira, os ténis novos do Cristianinho e os brincos do nosso capitão. Este é o plano dela. Mas como eu descobri tudo a tempo, já enviei o velhote dar-lhe um toque só para ela ficar avisada.

Qualquer dia ficas sem água em casa, Angela! Toda a gente sabe que as mulheres levam muito tempo a arranjar-se, e as gordas ainda mais. Duvido que a Angela consiga sair à rua com ramelas nos olhos e o cabelo todo despenteado. Sem sair à rua também não pode vir criar novas medidas para tirar dinheiro à gente. De nada, Portugal.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Questionar a cultura

Esta semana apetece-me questionar a existência de tudo! Estou a brincar, apenas a existência deste blogue. Vou explicar: fui entrevistado para um trabalho da universidade. Muito simples, queriam um bloguer sem sucesso e vieram ter comigo. Apreciei. E uma das perguntas pedia para falar dos textos que mais tinha gostado de escrever. O que me dá mais gozo escrever? Estórias. Reais ou inventadas mas estórias. Gosto de narrar uma estória à minha maneira. Se for uma estória antiga e rural, onde fique bem colocar vocábulo que aprendi quando era um petiz numa família de gente ligada à terra, então sinto-me mesmo bem.

Há cerca de dois anos, noutro blogue, escrevi um texto sobre cultura onde explorava a cultura enquanto palavra. Todas pessoas têm cultura, embora de áreas diferentes ou de vertentes diferentes. Cultura pode ser instrução ou estudo, como cultura ligada ao mundo das artes, por exemplo. Mas cultura também pode ser lavoura, pode ter a ver com a terra e com produtos naturais, cultivo. É simples.

E nesse texto referi a minha avó para desmistificar um pouco a cultura. A minha avó é a melhor pessoa do mundo. Quando lá vou almoçar ou jantar, descasca a fruta para eu comer. Em casa nunca como fruta, lá marcha sempre um pero ou uma maçã. Contudo, é também uma pessoa muito culta. Já na casa dos 70, sabe ler por esforço próprio e sempre trabalhou no campo. Tem essa cultura. O resto, adquire nas revistas e nos livros que os filhos e netos deixam lá em casa. Nunca foi ao teatro, nunca foi ao cinema, nunca leu Marx ou Descartes mas sabe tudo sobre plantar batatas, sobre a monda do arroz, sobre o cultivo de morangos ou laranjas. Vendo bem, tem muito mais cultura que eu, e eu tenho um papel que diz "licenciado". E sou desempregado! O que é cultura afinal? Para que serve? Vou comer uma fatia de pão e beber um copo de vinho. Pão cozido pela avó no forno a lenha e vinho destilado pelo avô na adega. Até nisso sou um leigo, como e bebo e não sei fazer nada!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Que faço aqui?

Ontem, por culpa de uma rapariga que conheço (não vou chamar amiga porque ela depois fica a pensar coisas e eu nem curto muito dela), revivi um pouco do meu passado e lembrei-me do porquê, da razão de ter criado este blogue.

Aqui tenho de abrir outro parêntesis sem parêntesis, eu sei que sou um jovem de 24 aninhos e meio, um gaiato, mas já vivi 24 anos! E isso são muitos meses, 294 para ser mais exacto. Sabem quantas coisas se podem fazer em 294 meses? Também não sei mas calculo que sejam muitas, imensas, bués! Por isso, tenho legitimidade para dizer que tenho um passado, tal como tenho um presente e espero ter um futuro! Agora o leitor pergunta (voz esganiçada porque os leitores para mim têm voz esganiçada) "como se pode abrir parêntesis sem parêntesis?". Caro leitor, companheiro, amigo, não sou nenhum génio da gramática para lhe explicar isto contudo, e como este é o meu espaço, posso imaginar que é possível fazer isso e faço. Se reparar, abri parêntesis ali atrás e você nem se apercebeu. Tal como altero os tempos verbais, falo consigo, contigo ou convosco e no momento a seguir volto para o meu monólogo. Não me venham com morais de escrita, Saramago não sabia usar pontuação e ganhou um Prémo Nobel, a partir daí considero uma asneira subestimar alguém que não sabe escrever. Quando vejo a garotagem escrever com "x" e "k" no meio das palavras ou atirar biqueiradas com força na língua de Camões, já não choro, pode estar ali o próximo Saramago. E sim, comparei Saramago a um adolescente estúpido que "axa k sabe tipo xcrever e mndar sms fixes pro ppl"!

A razão de ter criado este blogue? Eu falei nisso? Peço desculpa, se calhar precipitei-me. Não existe razão, os génios são incompreendidos e podem realizar acções sem nexo, são génios. Desculpem? Ouvi alguém dizer que eu não sou um génio? Lá está, somos incompreendidos. Ia lá eu ter uma razão para escrever um blogue. Escrevo porque me apetece, sobre o que me apetece e quando me apetece! Agora dizem-me que sou um sacana para os leitores e que não penso neles? Errado, companheiros! Penso muito em vocês, simplesmente confio que vocês continuam a vir aqui porque gostam de mim como eu sou. Essa é a minha magia, a minha mística - quero que os leitores venham cá porque gostam da forma como eu escrevo e não porque gostariam que eu escrevesse assim ou assado. Felizmente Portugal tem excelentes escritores e alguns bloguers muito bons. Eu sou apenas diferente. Sou a RTP2 dos blogues - "Só vê quem quer ver"! Não me interpretem mal, não sou convencido, sou um génio. E adoro que vocês venham cá. As vossas visitas têm um significado para mim.

Portanto, podem continuar a contar com algum humor parvo, algumas críticas infundamentadas e textos estúpidos. Quero que saibam que, quando estou aqui a escrever, posso ser um actor mas estou a representar-me a mim próprio. Nas minhas histórias e estórias, nos meus dramas do dia-a-dia, nas minhas revoltas contra tudo e todos, sou eu. Até quando parto para o mundo da imaginação continuo a ser eu. E esse "eu" adora...

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Porquê de voltar

Dizem que o blogue é um diário online. Pessoalmente, nunca tive um diário de caderno e lápis mas percebo o conceito. Percebo a ideia de querer guardar algo que para nós teve alguma importância. Depois há aqueles que fazem dinheiro com isto e deixa de ser um bloque mas sim um negócio. Infelizmente, não é o meu caso e por isso, fiquei uns tempos sem escrever aqui porque não vi importância em nada dos últimos tempos.

Nunca pensei que ser desempregado fosse tão difícil. Quando estamos de férias ou de folga, temos imensas coisas para fazer. Ir ao banco, estar com aquele ou com o outro amigo, visitar um primo recém-nascido, ir beber café com um amigo de infância, ir visitar a mãe ou a avó, tirar umas férias, jogar um videojogo, ver um filme, apanhar uma grande bebedeira... Coisas para fazer. Estar desempregado é difícil. Ao fim de poucos dias já não há coisas para fazer e cansamos o intelecto à procura de coisas para fazer ou de coisas que podíamos estar a fazer e não estamos. Por exemplo, no outro dia perdi duas horas a pensar em ir ao banco. Não fui ao banco e fiquei em casa a ver Fox Life enquanto pensava "neste momento podia ir ao banco", e foi assim das 13h às 15h, até ao fecho do banco (no Algarve os bancos fecham às 15h). Mas foram duas horas em que, se estivesse de férias, tinha ido comprar uma t-shirt de manga cava, tinha ido beber uma cerveja com um amigo e ainda tinha visto um filme. O tempo passa de forma diferente e é muito menos produtivo. Não consegui ainda habituar-me a isto de ter 24 horas sem nada para fazer durante tempo indeterminado. É aborrecido e desmotiva. Queria eu fazer algo antes e não tinha tempo e agora tenho tempo e não faço algo.

E agora perdi uns belos minutos a tentar explicar algo que não é fácil de explicar porque é difícil. Faz sentido? Não me parece. Mas é. Estar desempregado, meus amigos, não é para qualquer um. Vou tentar dar um sentido ao meu tempo livre para ganhar coragem e motivos para martelar nas teclas. Nem tenho bebido vinho, vejam lá!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Regresso ao passado


Antes de falar sobre o microfone e mesa de mistura na fotografia que roubei de um site brasileiro, vou-me debruçar sobre o título deste texto. Baseado na saga "Regresso ao Futuro", decidi nomear este texto de "Regresso ao passado". Porque, ao contrário de Doc Brown, eu não entrei numa lata com rodas rumo a uma data em específico, apenas revivi experiências que já tinha vivido em tempos. Mas achei engraçado usar este título, peço desculpa por isso.

Este Domingo, entrando na festa da Taça de Portugal, convidaram-me para fazer um relato de um jogo de futebol da equipa amadora ou semi-profissional (não tenho bem a certeza) aqui da minha zona contra uma equipa da Primeira Liga. E lá fui eu, a reviver passadas de um jovem Marquês Francisco, que tantas vezes foi àquele estádio e a outros campos no Algarve para levar até aos ouvintes todas as incidências de uma partida de futebol de cariz distrital. Desde logo reparei que no Domingo era diferente. Afinal de contas, não era Distrital ou Campeonato Nacional de Seniores, tratava-se de um jogo da Taça de Portugal frente a uma equipa do escalão máximo do futebol em Portugal! Tratei de pedir a devida credencial e lá fui eu. O relato que eu fiz passou numa rádio online com poucas condições, pelo que, o material de que eu dispunha em nada se assemelhava ao da fotografia ilustrativa. Eu estava munido de um Nokia com uma década de existência, um cronómetro, uma folha de papel e uma caneta. Ao meu lado estavam dois repórteres de outras rádios com microfones, fones e aparelho para a transmissão, computadores portáteis, enfim, material a sério.

Mas o cheiro a relva, o público nas bancadas, os pontapés no esférico e os insultos ao senhor do apito estavam lá e isso é, para mim, o mais importante num jogo de futebol. Quanto a mim, não posso dizer que tenha feito um mau trabalho, o meu velhinho Nokia ainda está para as curvas! Senti a língua presa, falta de ritmo a acompanhar as movimentações dos jogadores e da bola, os olhos perdidos em pormenores que nem sempre deviam merecer a minha atenção enquanto repórter. Contudo, acho que correu bem e senti-me feliz no final. Uma parte de mim sentia saudades daquilo. Um Domingo a recordar os bons velhos tempos com um prémio no final: a sala de imprensa estava munida de camarão e minis! Viva a Festa da Taça!!!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Cem textos

E hoje, por pura coincidência, chego ao texto (ou post) número 100 neste blogue. Há exactamente um ano e cinco meses (o que equivale a uma porrada de dias cujo cálculo acho irrelevante) premi pela primeira vez o botão "publicar" e dei vida a este quarto sem renda no espaço cibernético.

100, 10x10, uma centena, primeiro número de três dígitos, cem. Basicamente é isto. Não vejo grande coisa a dizer sobre este número. O meu número favorito é o 25, está bem longe do 100, apesar de ser um quarto de cem. 100 é também o número de metros que eu corria quando fazia atletismo. Outro facto completamente desinteressante visto nunca ter chegado a campeão mundial. Aliás, hoje em dia, se fosse fazer uma corrida com o Usain Bolt, dava para ele terminar a corrida, beber um café, ir dar uma entrevista para a Sky Sports e depois eu cortava a meta. Não que eu esteja balofo, até perdi gordura e ganhei músculo nos últimos tempos (ginásio e treinos de futebol), mas, mesmo quando estava em forma, era capaz de levar uma enorme tareia do Bolt, quanto mais agora...

Fiz uma pesquisa rápida no Google só com o número 100 e apareceu uma "comunidade 100% cool" a quem, involuntariamente, vou fazer publicidade porque me aconselharam a fazer um teste de alcoolemia. É verdade. Eu aqui a ponderar ficar feliz por estar a escrever pela centésima vez neste espaço e mandam-me ter atenção à bebida antes de conduzir. Enfim, vou beber mais um copo de vinho porque já lá vão cem, porra!

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Quero um Mini!


Quem nunca teve um carro de sonho que atire a primeira pedra! <piada machista> Mulheres, substituam carro de sonho por mansão, vestido ou mala e voltem a pousar as pedras.<piada machista/>

Quando eu era um gaiato, ali com 10 anitos e sem pêlos na cara, queria ter um Subaru Impreza! Via nos videojogos e adorava o carro, o roncar do motor, as estrelas douradas a saltar da pintura azul. Quem gosta de videojogos sabe do que estou a falar, os Subaru Impreza eram todos assim. Fosse em jogos de rally ou corridas de carros, era azul e tinha estrelas douradas de lado. E eu adorava aquele carro. Sempre que passava um Subaru na rua eu ouvia o roncar do motor e sabia logo que era um. Também não havia muitos na minha terra, talvez um ou dois, mas eu conhecia o carro ao longe. E ao perto também, mas isso é menos espantoso.

Depois cresci, tirei a carta de condução e conduzo um Opel Corsa em segunda ou terceira mão. É o karma. Mas também já não quero um carro de rally avaliado em cerca de 50 mil euros e com consumos abusivos de combustível. Agora quero algo diferente.

Portanto, isto tudo para dizer que quero um Mini! Cooper! Igual aos do filme "The Italian Job"! De 2003, não o outro de 1969! Até pode já vir com as alterações feitas pelo outro rapaz porreiro que na realidade é um criminoso mas como é um dos personagens principais de um filme nós dizemos que é um rapaz porreiro e todos nós éramos capazes de ir a tribunal testemunhar a favor do moço se tal fosse possível!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Parabéns João!

Até sentado no sofá o melhor tenista português de todos os tempos faz história! Entrada no top 50 era o primeiro objectivo, a seguir que venha o top 40 e o top 30, que é o seu maior objectivo. Parabéns João Sousa, jogo a jogo estás a colocar Portugal no mapa do ténis mundial.


E uma palavrinha ao regresso do Nadal à liderança do ranking. Sendo o único espanhol pelo qual nutro alguma admiração, fico feliz por vê-lo ultrapassar o Djoko. Nada contra o sérvio, até porque ele diz que é benfiquista e já venceu um Estoril Open. Contudo, ver um miúdo de 18 anos limpar toda a gente em Roland Garros não deixa um jovem indiferente. Posso até mesmo culpá-lo por gostar tanto de ténis.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Crianças já sentem a crise

A crise está aí! Todo o mundo está a sentir! O desemprego está a crescer! Por favor, alguém faça alguma coisa!

Segundo a RTP, que por sua vez se fez valer de uns dados da Organização Internacional do Trabalho, o trabalho infantil está a diminuir. É verdade, a crise está tão forte que até as crianças já a sentem. Há quem diga que pode ter a ver com a acção de várias entidades globais mas a mim não me enganam - é a crise!

Como eu sou preguiçoso, alguém que faça alguma coisa! Para nós, ocidentais, termos uma vida decente é preciso que as crianças continuem a fabricar roupa de marca de sol a sol e peças para os nossos smartphones. Eu digo não aos despedimentos na Tailândia e no Bangladesh! Alguém que faça alguma coisa!



quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Dá para deixar de ser deste Benfica?

Não vivi na década de 1960, não vi o Benfica ser bicampeão europeu, não vi Eusébio de encarnado, nem tão pouco Chalana ou Rui Águas. Falaram-me deles e senti orgulho, porque um dia, ainda petiz, quando toda a gente me tentava iludir a escolher um clube, eu disse: Benfica! Decisão complicada mas da qual nunca me quero arrepender porque tal é impossível. É mais forte do que eu.

É certo que também tive os meus momentos de fraqueza. Aos oito ou nove anos de idade, em pleno penta de Jardel e companhia, atirei ao chão um equipamento do SLB que a minha madrinha me ofereceu. Quis mudar para o FC Porto. O meu pai, benfiquista, deixou-me acreditar que isso era possível, durou menos de uma semana. Não conseguia dizer que era portista e acreditar nas minhas palavras. Eles ganhavam mais que nós, ainda ganham, mas o meu coração não batia por eles. A minha mãe teve o bom senso de não ligar à minha birra e ainda hoje guardo o equipamento.

É certo que já injuriei meio mundo encarnado. Pudera, odeio perder, odeio perder para um rival, odeio ser afastado de uma competição. Insulto a televisão, insulto os jogadores, os treinadores e os presidentes mas nunca insulto o Benfica. Não vivi nos seus maiores anos de glória mas cresci a ver as tiradas do velhote Preud'homme, a garra de João Pinto, as fintas de Poborsky ou as movimentações perfeitas de Nuno Gomes. Resisti ao 6.º lugar, num ano em que dispensamos dois dos melhores treinadores do mundo, resisti aos 11 anos sem títulos, e quero continuar a resistir.

Mas este ano sinto algo diferente. Depois do final da última época, sinto que era o tempo ideal para a mudança. A equipa não tem um líder, não tem garra ou ambição, não existe união, não existe amor à camisola. No seu conjunto não existe conjunto. Acho que isto resume o Benfica de hoje. É preciso alguma coisa, talvez muitas coisas. Faltam dez dias até fecho do mercado, até fechar o plantel, e o que temos agora, passadas sete semanas desde o início da pré-época, é um rascunho várias vezes riscado da equipa que no ano passado tudo perdeu. Admito que tem algum perfume novo dos balcãs mas isso não chega para ser o Maior de Portugal.

Faltam dez dias. E muita coisa pode acontecer. Mas só um milagre me vai fazer mudar de ideias. No FM 2014, vou treinar no Campeonato Nacional de Seniores com o clube da minha terra!

terça-feira, 30 de julho de 2013

Era fixe se Portugal tivesse jornais desportivos

É comum ver os portugueses a falar mal do seu país, possivelmente também acontece lá fora, mas aqui chateia mais o português patriótico. Eu sou gémeos logo, sofro de uma espécie de bipolarismo estrelar (as amigas da Maya dizem que os gémeos têm dupla personalidade e eu aproveito-me disso para explicar as minhas rápidas mudanças de humor e de ideias). E hoje sou patriótico e encho o peito!

Uma crítica pode ser positiva ou negativa mas nunca deixa de ser uma crítica. Há quem lide mal com críticas, como eu quando os astros se alinham a sul, ou a norte, não tenho a certeza, quando estou de mau humor, vá. E hoje atiro-me aos jornais de futebol do nosso país. Depois de um português a vencer duas etapas do Tour, um português a vencer uma das maratonas mais duras do mundo, uma dupla portuguesa a vencer o Europeu Universitário de voleibol de praia, e muitos mais, continuamos a ser um país de futebol. Temos um futebol de bom nível mas temos, acima de tudo, um desporto de bom nível. E em Portugal a palavra desporto é um sinónimo de futebol. Tão estúpido que chegamos a esquecer que futebol é uma modalidade desportiva, tal como o andebol, o atletismo, o ciclismo ou o bate pé! Bem, se calhar estou a exagerar na parte do bate pé, mas vocês perceberam. Os nossos três jornais diários desportivos (já alguém reparou que somos, possivelmente, o país com mais jornais desportivos diários por habitante?) são jornais de futebol, uma vergonha. Só novelas, só mentiras, só trocas de "boquinhas" de meninos mimados. O defesa esquerdo do Sporting solta gases na sua apresentação e todo o país fala sobre isso, o Carlos Sá vence uma prova mundial e meia dúzia de pessoas apercebe-se disso. O futebol até pode continuar a vender mais que as outras modalidades mas a paciência para as novelas de verão, para as falsas contratações e para os amuos dos próximos Figos começa a esgotar-se. O público quer sentir orgulho no seu país, quer folhear um jornal e ler notícias a sério, entrevistas a alguém de interesse. Já ninguém quer ler que o Cardozo voltou a sair para o Fenerbahçe quando nas últimas duas semanas ele já foi confirmado umas sete vezes e sempre por valores diferentes. Toda a gente já sabe que ele vai sair, ninguém quer ler a mesma notícia durante tanto tempo e sem nada de interesse pelo meio.

Por isso, deixo aqui uma ideia maluca para os jornais de futebol deste país... Mais páginas sobre desporto e menos sobre futebol, pode ser? Vamos tentar seguir estes exemplos de boas capas de jornais! Permitam-me a arrogância mas acredito que uma capa com o Rui Costa possa vender tanto ou mais que uma capa com o Cardozo.




quarta-feira, 17 de julho de 2013

Pensamento idiota do dia

No meu local de trabalho co-habitam, durante o horário laboral, 10 pessoas, entre as quais eu próprio.

Ontem tinha um penteado que parecia um Beatle, comprido e até tinha umas patilhas enormes. Hoje apareci aqui com cabelo curtinho, todo acertadinho e a cheirar a Verão.

Ninguém reparou. E eu importei-me com isso. Não por sentir que joguei nove euros janela fora mas, simplesmente, por ninguém ter dito nada. Será que isto é um sentimento muito fêmea? Acho que pode ser apenas por eu gostar de ser notado e de odiar que me ignorem. Já me estragaram o dia e nem precisaram de fazer nada...

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Como ser odiado, capítulo I

Ver televisão portuguesa numa noite de fim-de-semana tem este perigo (atenção, conteúdo susceptível de causar perturbações em pessoas intelectualmente desenvolvidas) - ver programas portugueses. Amigos, ou seguidores, nada tenho contra programas ou portugueses, mas programas portugueses costumam assustar-me. Mas só aqueles que envolvem pessoas com QI inferior a um peixe-espada. Ou uma garoupa, se calhar é mais garoupa.

No sábado, dei por mim a saltitar entre canais, ou zapping em inglês, e deparei-me com o novo sucesso do terceiro canal: Olé!

E aprendi uma nova forma de ser odiado, que vou partilhar convosco para o caso de quererem ser odiados. Às vezes faz-me sentir especial saber que alguém pode estar neste determinado momento a pregar alfinetes num boneco com a minha fotografia. Talvez isso explique umas pontadas nas costas que costumo sentir com alguma frequência.

Ora, vamos a factos. Gosto de touradas, sinto uma admiração especial pela Lili Caneças e fiquei com a sensação que a apresentação de Bárbara Guimarães e José Figueiras foi a pior que já vi em televisão, ou melhor se estivermos a fazer um jogo de bebida cujo objectivo seja beber sempre que eles se enganam. Neste momento, posso garantir que 90% do público já pensou em vários nomes para me ofender. Confessa lá, quando leste Lili Caneças quiseste chamar-me "Ghandi"!

Peço, humildemente, que não me tomem por parvo, quando era mais novo era espectador assíduo do Big Show Sic e dos programas da Teresa Guilherme. Mesmo assim, este serão de sábado foi especial graças a essa combinação: toiros, Lili Caneças e Guimarães-Figueiras. Obrigado terceiro canal por me fazeres sentir "normal"!

terça-feira, 18 de junho de 2013

Please, mind the gap!

Please, mind the gap!

O que fica da primeira viagem a terras de Sua Majestade: torneiras com água muito quente, urinóis baixos (até para um português de estatura média) e raparigas com sobrancelhas exageradamente cuidadas. Please, mind the gap! Se há coisa que preocupa as inglesas parece ser os pêlos na testa! Um pobre pêlo fora do sítio e muita garota é capaz de se jogar de um sétimo andar sem pestanejar! Please, mind the gap!

Fica no ouvido...

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Mercearia não portuguesa

A mercearia/frutaria aqui da rua (não acho que seja suficientemente grande para fornecer o bairro todo contudo, se a vizinhança menos próxima aqui passar também será atendida) é gerida por uma família de asiáticos.

Facto interessante: a maioria dos produtos lá vendidos é de marca portuguesa. Os portugueses preferem vender produtos importados e de pior qualidade.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

País de azeiteiros!

Do Tino de Rans à Ana Malhoa, do Ídolos ao Big Brother, eu já suspeitava que Portugal era um país de azeiteiros. Mas também somos um país de azeite.

in: ionline.pt

Da laranja algarvia ao vinho do Porto, o moscatel de Setúbal ou o belo medronho, Portugal é um país abençoado pela natureza. Só nos falta petróleo! Apesar dos boatos, ainda não se descobriu ouro negro em Sabóia. O que é bom. Se houvesse petróleo em Portugal íamos ter de vender tudo aos americanos ou então eles iam atacar-nos e tínhamos de nos aliar aos árabes, as moças roliças teriam de usar burka na praia e íamos passar a ter de rezar às cinco da tarde com o rabo a apontar para o Meco (que, se estivermos ali numa planície alentejana fica mesmo de costas para quem reza apontado a Meca). E eu não me sinto seguro nesses preparos.

Ora, um senhor escandinavo que reside no sotavento algarvio, ali para as bandas de Moncarapacho, produz um dos melhores azeites do mundo! Ah pois é! Azeite "gourmet" em Moncarapacho! Podem ler uma das muitas notícias nesta hiperligação - http://blogues.publico.pt/olhos-barriga/2013/05/30/azeite-algarvio-premiado-em-nova-iorque/. Isto chamou-me a atenção porque, sendo algarvio do Barlavento, pouco conheço do sotavento e desconhecia que existia azeite "gourmet" em Moncarapacho. Aliás, fui apenas uma vez a Moncarapacho para ver um jogo de bola e beber umas minis. O que, sendo bem verdade, dizem que a cerveja portuguesa é das melhores da Europa na categoria "lager", que é uma espécie de cerveja mais "leve". É fantástico ver os alemães a gabarem as suas cervejas fortes e a beberem a nossa cerveja "fraquinha" que nem verdadeiros machos! O pior é levantarem-se da mesa, claro! É "leve" mas bate! De modos que desconhecia a existência deste senhor sueco e do seu olival de luxo.

E como eu sou um tipo inconformado, não percebo como isto não é bom. O facto de sermos abonados pela natureza. Se calhar sou ingénuo. É estúpido, até, pensar que a exportar o que há de bom em Portugal podemos ajudar a economia nacional. Ou pensar até que investir pode ser bom para o país. Vou mas é beber uma bica à varanda e mandar uns bitaites sobre o próximo treinador do Benfica.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Vitorino Antunes, porque não?

in uefa.com
Porquê? - perguntam vocês. Porque não? - respondo eu. E vocês insistem - E porque não e porque sim?. Porque me apetece. E isso chega. Sou o único autor neste blogue, sigo os meus ideais de escrita e sou eu mesmo que escolho os temas. Portanto, Vitorino Antunes! - chuto eu! Lance anulado por carga sobre o guarda-redes, assinala o fiscal de linha.

Fizesse eu parte da estrutura benfiquista, e em Janeiro este menino tinha apanhado a carreira das 9h00 em direcção ao Seixal. Mas como não faço, foi passear até Málaga. Fez uma boa época, ficou tempo demais preso à Roma, onde nunca conseguiu mostrar as qualidades pelas quais foi contratado. Parece renascido. Aposta barata e segura. É português, já foi e voltará a ser internacional, seguro a defender e inteligente a atacar. Não é nenhum Coentrão mas é um valor seguro.

Se o Benfica um dia pensou em contratar Luisinho, não dá para trocá-lo pelo Antunes? Eu sentia-me mais seguro com o Antunes na esquerda do que com o Melgarejo. Há anos que eu digo isto: Antunes no Benfica. Mas o Emerson é melhor, adaptar o Melgarejo é melhor, Shaffer, César Peixoto, Sepsi, Jorge Ribeiro, todos eles melhores que o Antunes! (Para quem não entendeu: pura ironia) Ainda há quem me diga: "Isso é muito FM". Talvez seja. No FM o Antunes era o meu defesa esquerdo. Tal como na realidade, nunca exuberante mas sempre seguro. E se há algo que assusta qualquer benfiquista é aquela lateral esquerda, há muitos anos. Escapou-se o Coentrão e rendeu uns belos trocos.

Enfim. Na cabeça já começo a imaginar: Antunes no FCP! Alex Sandro sai para um tubarão europeu, Antunes agarra o lugar e é o melhor lateral da liga, regressa à selecção, vai ao Mundial e eu, na minha inocência estúpida vou pensar: "já sabia", "já estava a ver isto", "sempre a mesma história", "bem vos avisei"...

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Roupa masculina em modelos femininos

Há uma coisa que me incomoda. Quer dizer, há várias coisas que me incomodam. Muitas mesmo. Se calhar o mais correcto seria dizer que há uma coisa que não me incomoda. Mas isso não faz sentido para a ideia que eu quero partilhar convosco hoje. Oh diacho.

Há várias coisas que me incomodam, uma em particular... não, várias em particular, na sua maioria não estão inter-ligadas.

Vou abreviar: incomodam-me os anúncios e páginas de roupa interior masculina. Em compensação, gosto muito de roupa interior feminina, independentemente da marca. *pequeno suspiro mental - serei homossexual?*

Sou um ser humano masculino, ou cidadão se for pelo que diz no meu documentação de identificação e existência, mas tenho problemas com publicidade a roupa masculina, nomeadamente interior, e com produtos de beleza. Tipo perfumes e desodorizantes, não uso gel no cabelo nem cremes. Se calhar devia usar cremes. Não interessa agora, logo medito sobre isso nos próximos dez anos. E sinto-me incomodado porquê, muito fácil. Vamos imaginar que coloco um "like" numa página de roupa interior masculina: vou estar a levar com homens em trajes menores no meu "feed de notícias". E eu não gosto disso. É aborrecido.

Mas como hoje estou bem-disposto, vou deixar uma sugestão: mulheres gostosas em trajes menores masculinos! Muitos homens têm namoradas ou esposas. As mulheres gostam de usar a nossa roupa, às vezes até demais. Por norma até ficam jeitosas e sexys com uma blusa ou camisa ou uns calções do namorado. Pelo que, faz todo o sentido ver como os meus novos boxers ficam numa mulher bonita. Vá pessoal de marketing de roupas interiores masculinas, amanhã sugiram isso aos vossos chefes. Os compradores agradecem.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Desabafos encarnados


Escrevo este texto a poucas horas da final da Liga Europa, final de uma competição internacional, primeira final europeia onde eu posso ver o emblema do meu Benfica. Em quase 24 anos de existência neste mundo, este devia ser um dos dias mais espectaculares da minha vida (não digo felizes porque tenho namorada e para elas dias felizes são o casamento, o nascimento do primeiro filho...). Devia estar em pulgas, fechar os olhos e imaginar o capitão Luisão a erguer o tão desejado troféu, gritar bem alto Benfica de dez em dez minutos até o patrão se fartar e me mandar embora para ir ver a bola. Querer estar em Amesterdão, querer estar no Marquês de Pombal, querer ir receber os campeões europeus ao aeroporto às tantas da madrugada.

Mas não, não é assim que me sinto. Nas últimas duas semanas oiço a palavra Benfica umas dez vezes por minuto, as redes sociais inundam-se de mensagens e vídeos de motivação à conquista da tripla, na televisão todos falam e debatem e imaginam mil cenários para este final de época. Muitos me perguntam, por ser benfiquista e por adorar desporto, qual a minha opinião, o que penso. E a verdade é que me custa pensar nisso e não quero dizer o que penso. Já falta menos de um mês, depois voltará a crise, os jornalistas irão para o Algarve ouvir as queixas dos comerciantes, "este ano está muito mau, os turistas não gastam dinheiro", inevitavelmente irão chegar os incêndios e o povo irá voltar a mandar as suas piadolas nas redes sociais com fotografias na praia "a curtir o sol enquanto não se paga imposto", sempre seguido de um bonito "lol". Menos de um mês para o final daquela que podia ser uma temporada de luxo! Menos de um mês para conquistar aquilo que Mourinho e Villas-Boas tiveram a ousadia de conquistar nas minhas barbas! Um mês que custa a passar. O dia de ontem teve umas 36 horas, o de hoje deve ter 12, para equilibrar.

Sempre disse que íamos decidir a época no Funchal. E não me enganei. Faltavam poucos jogos, uma almofada de quatro pontos, dois jogos em casa, parecia estar tudo decidido com aquela vitória. E no campo, ganhámos. O jogo com o Estoril não é difícil digerir. Foram mais organizados, correram mais, esforçaram-se mais, lutaram mais, até podiam ter levado os três pontos. O Benfica entrou no Estádio do Dragão líder e mais perto de ser campeão. Perdemos no Funchal, quando o árbitro apitou, tal como voltamos a perder na Luz, quando o jogo com o Estoril terminou, e perdemos no Dragão, antes mesmo de entrarmos em campo. Este campeonato, que ainda não está decidido, pode ter sido perdido em fora de jogo técnico, no balneário. Tive raiva do Benfica quando festejaram no Funchal e tive ainda mais raiva quando choraram depois do jogo com o Estoril. Como benfiquista, sempre quis acreditar. Ir ao Dragão é um "ai Jesus". Há anos que entrar no Dragão é sinónimo de três pontos perdidos para o maior rival. É psicológico, resolve-se no balneário, foi esse medo, essa falta de confiança, que nos pode ter custado um campeonato e que me dá raiva. Queria estar alegre e confiante, mas não consigo.

Hoje sei que vamos jogar bem. Os jogadores querem dar tudo. Alguns sabem que uma boa exibição hoje os coloca num "grande" do futebol europeu no próximo ano. O Gaitán vai partir tudo, o Garay vai limpar os ataques todos, o Artur vai defender os remates todos, o Matic vai estar em todo o lado, o Salvio vai gastar o ar dos seus quatro pulmões, o Enzo vai comer a relva, o Luisão vai comandar a nau encarnada, o André vai mostrar acerto, o Melgarejo vai lutar enquanto tiver forças, o Cardozo vai marcar, o Ola John vai sair sem ter feito nada. Esta é uma final para os génios se soltarem e os campeões decidirem! Se cairmos, vamos cair à boa moda portuguesa, "cair de cabeça erguida", "cair de pé", "cair com honra", "cair...". O tempo passa depressa, a final está quase aí. Vou passar em casa e pegar no cachecol, agarrado àquela réstia de esperança que me faz acreditar que somos capazes de ganhar esta final. Na minha cabeça acredito que vamos ganhar, mas o meu corpo não vai estar no balneário.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Está na moda jogar finais

Quem toma atenção ao panorama desportivo europeu, leia-se "futebol", já deve ter notado isto: está na moda jogar finais. O Benfica lidera a Primeira Liga Portuguesa, ou Liga Zon Sagres referente ao naming dos patrocinadores, mas deixou de jogar jornadas e passou a jogar "finais".

Ora, se faltam quatro "finais" ao Benfica para ser campeão, se vencer três e perder uma já não é campeão? Quem perde uma final não é campeão. Será que o Benfica consegue perder uma final e ser campeão? Consegue, matematicamente consegue. Coisa estranha.

O ser humano é de modas, de "pancadas". Um café vazio é mau, um café cheio é muito bom, um café com duas pessoas de fato é caro, um café com duas pessoas de gorro é mal frequentado. Se um grande treinador ou jogador diz que os jogos que faltam são finais, deixamos de ter jornadas e passamos a ter finais, que bem lá no fundo não são finais.

Gosto de discursos coerentes, provocatórios, adoro mind games e ironias, não gosto de frases feitas nem que digam o que é bonito, gosto de gente directa e de indirectas. Quem diz que faltam finais devia ser banido das conferências de imprensa, mandem para lá alguém que saiba o que diz. Vitórias morais, perder porque os adversários foram melhores, jogar bem e perder, tudo desculpas, tudo tretas, tudo palavras de quem não sabe dizer nada. Quem diz que os jogos que faltam são finais peca por não saber o que diz. A primeira vez que ouvi esta expressão, há vários anos, achei alguma piada, à segunda vez soou-me mal, a partir daí foi o descalabro. Parecem aquelas frases ditas pelos comentadores que nada comentam. Vamos lá jogar jornadas e eliminatórias que as finais que se aproximam jogam-se em Wembley e em Amesterdão!

sábado, 6 de abril de 2013

Parabéns meister Bayern!

Facebook oficial FC Bayern München
Não falo o suficiente alemão para perceber o que significa "MIA SAN MEISTER" mas, como vi esta imagem no facebook oficial do FC Bayern München, suponho que tenha algo a ver com "campeões". E é verdade, esta fantástica máquina demolidora já pode ir para as ruas de Munique gritar bem alto "MEISTER"!

Há uns anos, num simulador de treinador de futebol de nome Football Manager, e depois de vencer todos os títulos com uma equipa portuguesa, decidi aceitar um convite de um clube alemão e fui à aventura para uma liga onde nunca tinha jogado: Bundesliga. Özil, Hugo Almeida e Mertesacker eram algumas das "minhas" estrelas. Nessa altura achei que estava a jogar em modo "super-super-super-difícil". Uma liga muito competitiva, com poucos golos, equipas muito fortes tacticamente, muitas derrotas inesperadas e pouco sucesso a nível internacional. Fui campeão e despedi-me, não conseguia aguentar mais uma época naquele campeonato. Contudo, comecei a olhar mais para o campeonato alemão e vi a evolução do futebol alemão nos últimos anos. Aliás, adoro ouvir comentários de pessoas que nada percebem do que falam, e ainda mais quando se acham experts na matéria, que o futebol alemão é aborrecido. De certeza que não viram um jogo de alemães nos últimos sete, oito anos.

O fantástico Dortmund bicampeão com Hummels, Götze, Lewandowski, Kuba e Sahin. Aquele ambiente entusiástico no Westefallen. O gigante, que acordou, com Heynckes e as duas meias-finais. O jovem Kroos, que vi pela primeira vez quando ele tinha 16 anos num torneio no Algarve, os incansáveis Lahm e Schweinsteiger, os irrequietos Robben, Müller e Ribéry. E ainda Leno, ter Stegen, Reus, Schürrle, Özil ou Khedira... Jogadores que fogem à regra do tradicional alemão rígido. Dá gosto ver jogos da liga alemã. E este Bayern é uma autêntica locomotiva pronta a trucidar qualquer adversário!

Em jeito de despedida só penso que Heynckes se pode despedir em grande do Bayern. Depois de no ano passado terem conquistado "quase" tudo, este ano começaram com a Supertaça, juntaram-lhe a Bundesliga, já vão nas meias da Taça e em bom caminho na Champions... Quanto maior a glória deste ano, maior o fardo de Guardiola.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Portugal deve estar a formar crianças super-inteligentes

Notícia que mais me revoltou esta semana, revoltou mas não se preocupem que não vou organizar nenhuma manifestação ou greve, o mundo vai continuar como se nada se passasse e por isso vou apenas desabafar neste meu diário digital: "Exames a sério levam alunos de 10 anos a pagar explicações" - in Diário de Notícias, 02 de Abril de 2013. Com direito a duas páginas, onde ainda defendem as criancinhas.

Em primeiro lugar só quero insurgir-me um bocado contra. Contra o quê? Contra a notícia, contra as crianças, contra os professores, contra os pais, contra o Ministério da Educação, em suma, contra! Só podem estar a gozar. Vejo apenas uma explicação credível para esta notícia fazer sentido: estamos a formar super-inteligentes! O quê? Não estamos a formar super-inteligentes? Então algo de errado se passa.

Se um aluno precisa de explicações é porque: ou o professor é mau ou o aluno tem dificuldades nessa matéria ou um bocado de ambas. Se um aluno precisa de explicações para um exame é porque ou o exame é mesmo muito complicado ou o aluno foi mal preparado pelos professores. Com 10 anos as crianças estão no 4.º ano de escolaridade e, muito distante da antiga 4.ª classe, o 4.º ano é 1.º ciclo, ensino primário ou pré-básico. Não consigo perceber como é possível uma criança não conseguir realizar um exame aos 10 anos. Podem existir atenuantes ou variáveis consoante os professores ou os alunos. Há crianças que demoram mais até perceber certas matérias, seria um insensível se não reconhecesse isso. Mas o professor da primária é considerado um educador (e não esquecer que as crianças começam a entrar em creches e ateliês cada vez mais pequeninas), tem a obrigação de preparar a criança na fase mais importante da sua aprendizagem. E pegando no título "exames a sério", como podem criar exames a sério para pequeninos de 10 anos? Ou o título é exagerado ou o Ministério está a ser exigente demais. De qualquer das formas, não faz qualquer sentido.

Com uma década eu não tinha powerpoints nem Internet nem Iphones, mas já percebia inglês para conseguir jogar na antiga Megadrive, sabia fazer contas de cabeça porque só conheci a calculadora no ensino básico, percebia o que a professora/educadora me dizia e consegui desenvolver bastante o sentido crítico (reza a lenda que era muito espevitado e estava sempre a fazer perguntas a querer saber mais). Muita coisa mudou desde então mas, agora, aos 10 anos já vejo miúdos com smartphones e a mexer em computadores mas não conseguem realizar um exame? Ou os jovens estão a ficar mais burros, ou os professores são muito maus nos dias de hoje...

quinta-feira, 4 de abril de 2013

A melhor equipa é a que ganha, depende

Uiiiii, tenho tanto para escrever que, se meter férias durante os dias, sou capaz de escrever três livros, duas teses de mestrado e duas listas de compras! Ok, talvez esteja a exagerar, e uma lista de compras, assim está melhor. Estou cada vez mais apaixonado pelo futebol e cada vez mais quero estudar o futebol e tudo o que o rodeia.

Para quem aqui veio parar depois de pesquisar no Google pelo curso/formação de "Scouting no Futebol" da Quest à procura de uma opinião - frequentei e aconselho vivamente! Bastante interessante, formadores com muita bagagem e boas histórias para contar (mesmo daquelas que depois não podemos dizer nem à namorada ou ao periquito, e se tiverem um papagaio também convém não dizer porque esses bichos aprendem a repetir o que nós dizemos e são uns desbocados). Não pensem que vão sair de lá observadores a sério, isso vão ter de aprender por vós próprios, lá adquirem alguns conhecimentos, alguns modelos de observação, alguns conselhos. Estudem bem a matéria antes e preparem questões para colocar aos formadores, aproveitem os intervalos para socializar com os outros formandos.

Ontem assisti a um seminário sobre Formação de jogadores de futebol, quatro intervenientes, cada um com as suas ideias e as suas formas de pensar a modalidade e os seus praticantes. No final, fiquei a pensar que, das duas uma: ou sou revolucionário ou maluco. Eu explico, no auge da minha loucura em prosa: concordei com todos, discordei de todos, continuo a pensar em coisas que ninguém disse e acredito que no futebol tudo é relativo. "A melhor equipa é a que ganha", "podemos formar jogadores ou formar equipas", "nem sempre ganhar é o mais importante", estas e outras frases que se ouvem nos cafés e em todo o lado, também as ouvi num seminário sobre futebol com pessoas ligadas à área. Tudo tretas e tudo verdades! Para mim, tudo depende. Os jogadores não deixam de ser pessoas e o futebol até pode ser visto enquanto um emprego e ninguém é igual a alguém e ninguém trabalha da mesma forma. Os jogadores também são seres humanos e pessoas, também têm aquela coisa dos sentimentos e emoções. Nada é garantido no futebol, neste caso. Nem a bola é redonda, por vezes está mais cheia ou mais agastada, nem o campo tem sempre as mesmas medidas, nem sempre são 11 contra 11, nem sempre o melhor ganha, em 90 minutos pode não acontecer nada e em cinco segundos pode acontecer muita coisa. Existem variáveis, várias variáveis que variam e condicionam. O Ronaldo também falha, o Mourinho também se engana, o Buffon também mete frangos, na distrital também há pontapés de bicicleta. C'um caneco, se o futebol é uma ciência, a única ciência exacta é a matemática, confere, o futebol não é exacto. Já para não falar naqueles que leram os livros sobre o Mourinho e ficam a pensar que percebem de futebol, hilariante. Por agora, fico-me por aqui. Vou mandar postas de pescada para outra freguesia, literalmente.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Novo visual

Mudei a imagem, o visual, o look do meu blogue. Porquê? Não vou estar aqui com explicações elaboradas. Simplesmente, mudei, e gosto deste ar de rebeldia. Espero que não vos faça doer a vista devido aos contrastes de cores e brilhos.

Podia contar aqui que a minha vida deu uma volta de 360º e que isso me levou a mudar tudo, o que seria estúpido porque iria continuar na mesma.

Podia dizer que a minha cabeça está uma confusão e decidi confundir também o meu blogue. Na verdade, fui despedido, o gato mijou à porta do meu quarto, o carro avariou, caiu-me um livro de capa dura em cima do dedo mindinho do pé direito. A minha vida está um caos!!! Odeio tudo e mais alguma coisa! Quero ganhar o euromilhões sem jogar!

Podia dizer que estou apaixonado pelas artes! Por tudo! Este novo visual tem números, tem letras, tem fórmulas, tem "bué de cenas". Einstein, Beethoven, Homero, estou cheio deles todos, quero debitar a tabuada e assinar telas de classe pinturial! Este tema de fundo tem tudo! Sinto-me inteligente ao associar os bonequinhos a alguma coisa. Sou um génio! Sinto-me um iluminado! E=mc2! Azul é uma cor! 3 é um número! Gorda é uma rapariga que não é magra! Sinto-me a Lili Caneças com o QI de um puto sobredotado! Que piada teria ser um adulto sobredotado, bem, teria alguma piada, mas já não estamos a falar de QI!

Mas não, apenas achei piada a este fundo e estava farto de não ter imagens fofinhas atrás. Leitores fofinhos, em especial tu aí atrás desse monitor, sim, tu, de pijama, és o maior! Espero que gostem deste visual. Tem tipo cenas!

terça-feira, 26 de março de 2013

Raios te parta, patriotismo!


Faltam poucas horas para o jogo e não penso nisso, não sinto ansiedade, não me rabeiam borboletas na barriga, não estou confiante, não estou com um mau pressentimento, aliás, acho que não sinto nada, é-me indiferente.

Sou português, claro que sou, estupidamente orgulhoso de tudo e envergonhado com quase tudo. Acho que ser português é um bocado disso, ter orgulho e ao mesmo tempo vergonha. É gritar bem alto "PORTUGAAAAAAAAAAAAAL" quando batemos a Inglaterra nos penáltis, é espumar de raiva quando o Charisteas marca o golo, é chamar burro ao Postiga quando falha de baliza aberta, é aplaudir o Postiga quando marca o golo da vitória, é criticar o Paulo Bento quando as substituições correm mal e dar-lhe os parabéns quando o Varela faz o 3-2 à Dinamarca! Ser adepto é isso, ainda para mais da equipa de todos nós. Odeio perder, detesto empatar, o que eu quero mesmo é ganhar, sempre, se possível, o máximo de vezes que conseguirmos, marcar dez golos por jogo, com o pé, com a cabeça, com o rabo se for preciso, mas marcar, muitos, mais que o adversário, marcar mesmo quando o jogo está parado só pelo prazer de ver as redes contrárias a abanar com a bola lá anichada!

E hoje, não sinto isso, não sinto nada. Cinco jogos sem vencer, entre amigáveis e qualificação. Já estou farto disto, começo logo a fazer contas de matemática, e eu era um aluno razoavelmente bom a matemática. Estamos a muitos pontos da Rússia, do bilhete de avião para o Rio de Janeiro. Eu, muito provavelmente, não vou lá, mas quero que o Cristiano Ronaldo, o Nani, o Postiga, o Rui Patrício, o Fábio Coentrão e os outros todos vão lá por mim, nem precisam de trazer uma lembrancinha especial para mim, tragam o troféu de Campeões do Mundo para todos nós, não quero autógrafos, não quero fotografias, isso posso perder ou posso esquecer nalguma gaveta da cómoda, quero títulos, daqueles que ficam para sempre na história, ou na Wikipédia. Mas hoje não penso nisso. Azerbaijão... não me lembro de nenhum jogador, eu que jogo FM, eu que passo horas a vaguear pelo zerozero, não me lembro de ninguém. E pouco importa - é para ganhar! Lá no fundo, à medida que se aproximar a hora do jogo, o meu coração vai começar a palpitar mais depressa, distraidamente irei ligar a televisão e cinco minutos antes das cinco já estarei com a mão no peito a cantar baixinho o hino da minha Pátria, baixinho para só eu ouvir, mesmo que grite eles não ouvem lá em Baku. Tenho um treinador de bancada dentro de mim, já imaginei diversos onzes para entrar em campo, não há Ronaldo, não há Nani, outros parecem não existir, outros ficaram em casa, outros estão cansados ou desmotivados. Ai se eu não tinha puxado as orelhas ao Bruno Alves e ao Patrício, mesmo sabendo que eles medem mais meio palmo que eu, nem o Ronaldo escapava. Depois de um jogo daqueles ninguém escapava. Mas isto sou eu a divagar e a imaginar.

Metia o Patrício na baliza, merece, na defesa só metia o Pepe, o maior português da selecção nascido em Maceió, atirava o Neto às feras, deixava ficar o João Pereira por falta de concorrência e chamava o Antunes (o meu menino bonito do FM, nunca me falha, sempre certinho), metia o "tampão" Custódio e lançava o Paulo Machado, campeão na Grécia, tem de estar motivado, havia de comer a relva para mostrar que merece ser chamado mais vezes, depois o Vieirinha na direita, há anos que digo que este rapaz tem lugar de caras nesta selecção, pode ser uma pancada minha mas vejo muito talento naqueles pés, o Pizzi, estrela de um Deportivo em crise, Danny, já está recuperado e é irreverente, e na frente Postigol, obviamente. Há quem não goste dele, eu próprio, mas marca golos como não temos mais nenhum para o fazer. Leva quatro golos no apuramento, feios ou bonitos, mas ele sabe marcá-los e é esse tipo de avançado que faz falta. E contra este Azerbaijão tínhamos de golear, ganhar por poucos é bom contra a Espanha, contra o Brasil, não contra o Azerbaijão! Sei que o Paulo Bento não me ouve, aliás, sei que dos jogadores que eu disse apenas Patrício, Pepe, João Pereira, Pizzi e Postiga devem jogar de início. Sei que a primeira substituição vai ser tirar um extremo, possivelmente o Varela, depois refresca o meio-campo e, se estivermos a ganhar, troca o Postiga pelo Hugo Almeida. E eu a sofrer por fora, como se não sentisse nada...

quinta-feira, 21 de março de 2013

Voltei

Passadas três semanas, estou de volta e mais bonito do que nunca. A sério, até fui ao cabeleiro e tudo! Durante este tempo não me esqueci de vós, apenas andei distraído com a eleição do novo Papa, que ao menos gosta de futebol, e andei desmotivado pela falta de tomates do governo e pela chuva. Até curto chuva, quando não tenho o azar de ficar todo ensopado e porra, estas semanas sempre que chove há uma maldita nuvem que me persegue... E por demais, sou Gémeos e tenho direito a passar metade do ano desmotivado, já tirei uns dias, agora já passou.

Transferências do dia: Wolfswinkel no Norwich, Sócrates na RTP, e eu desejava ler em algum sítio que o Passos Coelho e o Relvas tinham ido parar à Cochinchina (para os leitores maiores de idade, podia ter dito para a p*** que os pariu, mas em relação a seres inferiores gosto de manter a dignidade). E a Cochinchina existe mesmo, fica para os lados do Vietname, como quem vai em frente e vira à direita, ou à esquerda se vier no sentido contrário. Não tem nada que enganar.

Nada tenho contra o Sócrates versão comentador político. Devo ser dos poucos neste país, mas sempre gostei de ser do contra. Se o Santana Lopes e a Ferreira Leite podem fingir ser comentadores políticos, não vejo onde o Zézinho seja pior pessoa. Preferia ver o professor José Adelino Maltez ou o Miguel Esteves Cardoso a comentar, dois homens sem papas na língua e que dizem coisas que eu gosto de ouvir. Mas é a minha singela opinião.

Quanto ao Wolfswinkel, existem duas formas de ver as coisas: desportiva e empresarial. No primeiro aspecto, é um bom negócio para o Sporting, a ser concretizado. O rapaz é fraquinho, pode ser uma jóia de moço, o genro que todas as sogras desejam, mas é fraquinho como ponta-de-lança e não serve para o Sporting. Talvez seja bom demais, talvez chegue a Inglaterra (onde é raro vermos jogadores tão franzinos e moles) e se torne num grande avançado, talvez o Norwich o venda daqui a um ano por 30 milhões para um colosso. Para o Sporting é um bom encaixe de 3 ou 4 milhões, visto não deterem mais que 35% do passe, por um activo que nos últimos meses está a desvalorizar. O facto de ficar até final da época tem tudo para dar bom resultado - sabe que no futuro vai para um clube novo, para outro campeonato mais competitivo e com maior visibilidade, vai ganhar melhor, pode passar estes meses no Sporting sem preocupações - e acredito que esse alívio psicológico vá resultar numa subida de rendimento. Do ponto de vista empresarial... o Godinho é um sacana. Investiu, mal, no clube e agora, de malas feitas, quer encher os bolsos e fingir que deixa o clube mais saudável com este negócio. Quem vier a seguir que se lixe, à boa moda portuguesa, e cobarde. Já se fala que também pode vender o Capel e o Schaars, dois jogadores acarinhados pelos adeptos e dos melhores no plantel. É um acto de cobardia. Os jogadores até podiam não fazer parte dos planos do novo presidente, mas não deve ser o demissionário a decidir isso como despedida. Adeus inglório deste "sonhador".

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Há os Oscares e o Óscar


Já que todos podem opinar sobre essa coisa do Óscar, vou lançar aqui umas palavritas para a fogueira.

No secundário tive um professor que se chamava Óscar, leccionava Ciência Política. Bom homem, sempre preparado para uma boa galhofa e com uma visão muito própria do país. Ele contava que uma vizinha sua tinha um cão chamado... Óscar, e que quando a vizinha ia passear o canídeo, passava muito tempo a gritar "Óscar, anda cá à dona. Oh Óscar não faças xixi em cima desse menino". Devia ser chato sair à rua na mesma altura em que a vizinha saía para passear o cão.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Uma Aventura no Jardim/Bosque

Numa viagem cultural, e de descontracção, dei por mim num jardim que mais parecia um bosque. É isso mesmo, fui visitar o jardim de um museu/fundação e encontrei um verdadeiro bosque. Árvores, muito espaço, um curso de água, mais árvores, mais espaço, um jardim e muita natureza. Eu já vi jardins e aquilo, meus amigos, era um verdadeiro bosque.

Enquanto vagueava pelo "jardim" comecei a magicar histórias e a desvendar mistérios. Como foi durante a semana, estavam lá grupos de jovens estudantes em visitas de estudo. A vaguear, a tirar fotografias, a correr, estavam a divertir-se na imensidão do bosque. Muitos deles, possivelmente, só conheciam a natureza das histórias de encantar e isso pode explicar a forma maravilhada como viam aquela imensidão de natureza à sua volta. E eu parecia que estava dentro de um livro da Isabel Alçada e da Ana Maria Magalhães! Não só pela vertente cultural mas também pelo enigma "seria um jardim ou um bosque" ou ainda pelo facto de as crianças desaparecerem no meio das árvores para depois voltarem a aparecer atrás de umas moitas, sabe-se lá a fazer o quê. E fiquei com a sensação que, a certo ponto, vi uma patada de um tigre!

Ponto de reflexão: crianças nos seus 13, 14 anos com grandes máquinas fotográficas. Senti-me velho. No meu tempo, carregava comigo uma pequena máquina fotográfica de 3.1 megapixels. Aquelas crianças tinham câmeras com objectivas enormes. Aliás, um simples smartphone tem o triplo dos megapixels das máquinas fotográficas que eu conhecia até entrar para a universidade. É a idade.

De tão pequeno que era o jardim, havia uma enorme equipa de funcionários por lá, jardineiros e afins. E aí vi algo que me intrigou: um desses funcionários passeava em passo acelerado, com uma caixa debaixo do braço, pelo bosque abaixo em direcção a uma zona rescondida onde eu teria medo de entrar sozinho. Tendo em conta que havia crianças a passear por lá, ao cuidado de um professor por cada 20 alunos, comecei a imaginar o pior. Era a cabeça de uma criança que seguia escondida na caixa, tenho quase a certeza! Ainda pensei em alertar os professores: "olhe, se no final da visita de estudo sentir a falta de alguém, vão encontrá-la numa caixa que um dos funcionários carregava e possivelmente foi enterrar junto àquela azinheira". Estive quase para ir ter com os professores. Mas a rapariga que estava comigo, por quem nutro um sentimento, disse que era melhor não o fazer e puxou-me para fora do jardim. Contudo, continuo a pensar nisso. Um crime aconteceu ali e uma criança desapareceu. O bosque era grande, era fácil esconder o corpo. Pobre criança, atacada por um sujeito com jardineiras e um ar de psicopata. Enfim, a tarde passou e acho que nenhuma criança desapareceu e a caixa levava apenas uma sandes de queijo e fiambre. Espero eu...

Isto é o curso de água lá no jardim. Foi por estas escadas que o funcionário carregou o corpo do jovem

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Tau-tau nos alemães!

Convido aqui o primeiro-ministro, o ministro dos negócios lá de fora e o ministro das moedas a passarem pelo Estádio da Luz esta noite. Não contem comigo para vos arranjar bilhetes, e que nem vos passe pela cabeça enviarem a factura lá para casa, faz de conta que já faz parte do valor absurdo que retiram do meu ordenado todos os meses!

Convido-vos porque ouvi dizer que andam com uns problemas como uma alemã qualquer, assim para o gorda e feia. Nada tenho contra alemães, muito pelo contrário. Já aprendi a língua, já convivi com vários, já bebi copos pagos por alemães. Costumo dar-me bem com eles. São um povo à sua maneira, de expressão mais carregada, mas gente séria, não haja dúvidas disso. Podíamos aprender isso com eles, a ser sérios e responsáveis e organizados...

Mas convido-vos porque estou confiante que esta noite os alemães vão meter o rabo entre as pernas e vão afogar as mágoas nas canecas que se vendem no Bairro Alto. Aliás, o Bairro Alto bem que podia patrocinar o Benfica nas competições europeias pois os adeptos adversários costumam ir afogar as mágoas (ou, muito esporadicamente, celebrar) para esse santuário da noite. E nesse santuário até podem ganhar, porque os germânicos sabem o que é beber uma boa cerveja sem tombar, mas na Catedral, vão cair e com estrondo. Basta o sacerdote Jesus não inventar um novo Pai Nosso (leia-se "onze com várias mexidas estranhas"), até porque isso ia colocar muita gente a pedir ajuda divina, e nós ganhamos isto com tranquilidade. Estádio cheio, seis dezenas de milhares de benfiquistas a gritar bem alto "BENFICA"! A senhora gorda e feia não sei mas estes vão tremer quando o hino do Benfica ecoar no Estádio da Luz!

Hoje, por Portugal, pelo Benfica, contra os alemães!



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Fevereiro

Amigos meus, meus amigos, peço-vos desculpa pela minha ausência não anunciada. Estive de férias. É verdade, aqueles dias pelos quais os trabalhadores comuns deste mundo anseiam sucederam nestes dias e não quis perder os meus preciosos minutos de descanso em frente a um computador. Isso e preguiça, maldita!

Espero que a vida vos esteja a correr bem. 2012 já nem lembra ao diabo e melhores dias virão. Já vamos em Fevereiro, o mês pelo qual os homens tanto choram, pelo bom e pelo mau. Este mês malandreco significa a chegada da fase a eliminar da Liga dos Campeões e da Liga Europa, o futebol espectáculo, a emoção da bola, os lances polémicos e os adeus inesperados. Mas marca também o dia de S. Valentim, pelo qual as raparigas se pelam, sempre à espera de surpresas. É verdade, nós homens sofremos uma pressão imensa nesta altura e tudo o que idealizamos é um esforço em vão. Nada corre como planeado, elas ficam desiludidas e, em certos casos, lembram-se de ficar tristes em noite de Liga dos Campeões! Não me sucedeu isso mas sei que acontece. Estou convosco amigos, temos de ser fortes nestas alturas!

Nestes dias para o relaxamento consegui ver a bola, fui raptado por extra-terrestres verde-alface, comi pela primeira vez uma francesinha, andei de teleférico, explorei os confins mais profundos da Terra, aventurei-me à descoberta do caminho marítimo (é justo dizer caminho marítimo quando só atravessei um rio?) para o outra margem, ganhei o euromilhões, gastei tudo em meninas, aguardente velha e apostas em cavalos, fui a Vegas, casei com uma stripper, divorciei-me, voltei a casar com a mesma stripper, voltei a divorciar-me, tentei roubar um tigre a um famoso, roubei um caniche a uma velhota, estive preso, não fui sodomizado à bruta, fugi num cesto da lavandaria, voltei a casar com a mesma stripper e apanhei boleia de um golfinho até ao estuário do Sado. Ou então estive só a preguiçar no sofá a ver comédias românticas e a engordar à base de batatas fritas de pacote e Ice Teas de marca branca...





Bom resto de Fevereiro e que venham daí os textos à sombra de uma fatia de pão e um copo de vinho. Já passou essa data manhosa, a inspiração irá voltar aos poucos e as minhas palavras sem sentido irão fluir neste espaço novamente.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Quando o meu filho perguntar: Porquê?

A ver uma série de televisão norte-americana, assisti a uma cena que, muito simplesmente, retratava aquela idade chata dos putos - a "idade dos porquês". E, como o meu cérebro é algo que não pára, comecei a pensar no futuro, quando um dia tiver criaturas pequenas e irritantes a atravessar esta fase tão importante da vida.

Quem me conhece, dificilmente me imagina com paciência para aturar tanta questão. E a bem ver, eu próprio não me consigo imaginar a contar a história da cegonha que vem de Paris ou da semente que o paizinho colocou na mamã. Na minha cabeça, durante os breves instantes em que me debrucei sobre o assunto, surgiram dois cenários óbvios e lógicos: ou a mamã tem essa paciência e vai estar sempre presente na altura dos porquês ou o puto está, literalmente, tramado. Digo isto porquê? Porque eu sou um inventor de histórias, não sou mentiroso, sou inventor. Tenho um personagem ou um tema e consigo inventar uma história mirabolante à volta disso. Já testei várias vezes, em situações completamente irrisórias e o resultado é sempre o mesmo: uma história mirabolante.

Pobres crianças quando me questionarem sobre o porquê de terem de comer a sopa ou lavar os dentes. Ou então o porquê de estarem trancados no armário enquanto o pai e mãe vão jantar fora. É certo que irei contar a verdade às vezes mas desde dinossauros a esquilos-voadores, vão ouvir um pouco de tudo.

- Papá, não quero mais sopa! Tenho de comer toda porquê?
- Ainda bem que perguntas, Xiquinho. Lembras-te da menina do quiosque onde o pai vai comprar o jornal que depois não lê? É bonita, não é? Pois, a mamã era tão bonita quanto ela mas um dia não comeu a sopa e agora é feia e gorda. O papá comeu sempre a sopa e agora é um cavalheiro elegante. Percebes?

- Papá, papá. O céu é azul, porquê?
- Ainda bem que perguntas, Xiquinho. Quando o papá nasceu, o céu não tinha cor. E então o papá foi falar com o dono do mundo para o céu ter cor. O dono do mundo não quis ouvir o papá e para provocar o papá, tornou o céu preto, e todos os meninos olhavam para o céu e ficavam tristes. Então o papá foi novamente ter com o dono do mundo mas desta vez levou um pau. E o dono do mundo quis ser mau mas o papá usou o pau e bateu no dono do mundo, que depois chamou os amigos para baterem no papá mas o papá encontrou uma espada e cortou os maus ao meio. Entretanto apareceram esquilos-voadores que cuspiam fogo e tentaram fazer mal ao papá mas o papá transformou-se em super-guerreiro e com um kamehame em forma de noz transformou todos os esquilos-voadores em seres fofinhos. Mas o céu estava a ser engolido por um buraco negro e um Deus disse que só o "escolhido" podia salvar o céu e o papá teve de entrar no buraco negro, onde nunca ninguém tinha entrado, e entrou, e entrou, e foi até ao fundo, conduziu um descapotável, namorou com sereias, lutou contra tigres e conseguiu recuperar o céu! Depois, o papá perguntou a todos os meninos do mundo qual era a cor que queriam. Mas como o papá encontrou muitas meninas, democraticamente o céu devia ser rosa ou verde-turquesa. E então, o papá decidiu dar ao céu a cor dos teus olhos Xiquinho, para sempre que olhes para o céu saberes que o papá gosta muito de ti, mesmo quando te mete de castigo.
- Mas papá, os meus olhos são castanhos.
- Pois... queres ir comer um gelado?

Pobre gaiato, pobre gaiato...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Os Franquelins desta vida

Ai os Franquelins desta vida. Num país de fachada, existe ainda alguém que acredite em política? No Governo há muito que ninguém acredita, aliás, é comum dizer-se que o povo vota nas pessoas mas quando estas chegam ao poleiro vira tudo igual, e parece que agora vamos deixar de confiar nas pessoas. Eu, por respeito a mim mesmo, vou, que fique oficialmente aqui explícito, deixar de acreditar em política. Se fosse falar de democracia perdia caracteres e tempo, e se o tempo é dinheiro, mais vale poupá-lo e evitar gastá-lo em futilidades.

Este Franquelim (uma adaptação foleira de um nome estrangeiro que faz lembrar um cantor pimba) é o novo bobo da corte, ou seremos nós os bobos "desta corte". Hoje é notícia o facto do rapaz ser um consultor precoce, aos 16 anos já fazia consultoria (um prodígio, talvez) a uma empresa que viria a ser criada passados 19 anos (duplo prodígio, diria eu, um visionário)! Como não sou jornalista, fui à Infopédia onde diz que o Franquelim entrou na empresa em questão dois anos após ter terminado a licenciatura em Economia, ou seja, entrou para a empresa aos 27 anos e não aos 16 (maldita Infopédia, a deitar por terra um prodígio português com nome de cantor pimba). Ao que acrescento que a dita empresa, fundada em 1989, deriva da junção de duas empresas que já existiam há largas décadas. Mas esse trabalho de investigação cabe a jornalistas e detectives, eu sou apenas um ser chato.

Na verdade, estou-me nas tintas para o currículo dos nossos governantes, licenciados em aldrabices. A credibilidade é algo que se esconde ao ouvir falar deste governo desgovernado. Franklim, à inglesa, era o nome de um gato que nasceu no palheiro da minha avó. Posso até confidenciar que fui padrinho do gatinho, e a minha prima foi a madrinha. Procedemos ao baptismo, com direito a água benta e tudo! Vá, era água da torneira mas nunca me descaí ao pé do Franklim, gato. O Franklim, gato, nunca foi à Universidade, nunca trabalhou na vida, casou-se, teve filhos, e desapareceu do mapa. Com estas histórias todas do Franquelim, à portuguesa, liguei à minha avó a perguntar pela família do Franklim, o gato. Ao que parece, o Franklim, gato, dizia à mulher que tinha um bom currículo e que tinha tirado uma licenciatura, possivelmente tirada ao domingo. A pobre esposa, agora viúva sem nunca se ter despedido do cadáver de Franklim, gato, conta que a última vez que o viu ele disse que ia comprar tabaco. Se fosse eu tinha desconfiado - o Franklim, gato, não fumava. Se calhar fugiu para o Brasil ou foi adquirido por alguma empresa angolana. Ele ultimamente andava com ar suspeito, já nem caçava ratos da mesma maneira. Nunca mais ouvi falar dele, Franklim, o gato.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Exercitar o cérebro

É senso comum que existem certas particularidades que diferenciam os homens das mulheres. Não sendo totalmente correcto, até porque sou dos que defende que os homens e as mulheres não são todos iguais, existem certas particularidades que encaixam na grande maioria das pessoas do mesmo sexo.

E agora vou debruçar-me sobre isso mesmo. Para começar, estou a tirar uma formação numa área ligada ao futebol e, na primeira aula, o formador deu algumas sugestões para nós exercitarmos o nosso cérebro. Coisas simples como lavar os dentes com a mão canhota ou comer com os talheres trocados podem ser acções bastante interessantes para obrigar o nosso cérebro a trabalhar mais em situações do dia-a-dia e para as quais já temos processos e rotinas assimiladas. Achei interessante, e até comecei a lavar os dentes com a mão esquerda - até agora posso dizer que já sujei duas blusas com pasta de dentes e tenho um hálito menos fresco contudo, acredito que com a prática estarei pronto a desempenhar esta tarefa com igual mestria quer à destro quer à canhoto!

Outra sugestão, porém, deixou-me mais apreensivo. Querem saber qual é? Cambada de curiosos! Parecem o meu gato, sempre a meter os bigodes em todo o lado. Raio do gato tem um fetiche qualquer com portas. Assim que vê uma porta a abrir - zingas! - lá vai ele explorar o novo recanto que se abre. Seja um armário, a porta de uma divisão da casa, a porta da varanda, a porta da rua, uma caixa, seja o que for, o estúpido do felino vai saltar lá para dentro à Indiana Jones para explorar, sempre a explorar. Mas a sugestão era outra: mudar o caminho que se faz todos os dias, por exemplo, experimentar uma nova estrada para o trabalho. E quanto a isso, achei má ideia. Isto porquê, porque eu, sendo homem, não pergunto indicações a ninguém e, como tal, já andei perdido algumas vezes. De modos que, experimentar um caminho novo pode dar mau resultado. Uma vez, queria eu ir ter a Alfragide mas enganei-me na saída e, sorte a minha, quando dei por mim estava na Damaia. Nada contra o sítio, até pareceu bastante bonito, mas andei por bairros onde só entra o corpo de intervenção e não me pareceu boa ideia pensar em mudar o caminho que sigo para o trabalho todos os dias por uma aventura ao vivo por reportagens do jornal da TVI. Lavar os dentes com a mão esquerda, ainda aceito, mas arriscar chegar ao trabalho só de cuecas, não me pareceu boa ideia. Fica a sugestão.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Multiplicação dos youtubers portugueses

Já ouviram falar no Puto Miguel? Um novo "pseudo-fenómeno" made in Youtube.

A semana passada estava eu a vaguear por uma famosa rede social à procura de imagens com piada para me distrair quando vejo duas partilhas de amigos meus para um novo sucesso do Youtube português - o Puto Miguel. Curioso, cliquei lá na hiperligação e fui levado para isto. À altura em que estou a escrever isto, este novo "pseudo-fenómeno" já conta com mais de três mil subscribers (acrescento, a título de comparação, que Salvador Martinha, um dos melhores humoristas portugueses da actualidade, tem cerca de dois mil subscribers) e tem apenas dois vídeos. O conteúdo é fraco, não consigo ir contra os meus princípios e dizer que é bom ou aconselhar a visualização dos seus vídeos. Mas, e como eu sou do contra por natureza, aprovo esta ideia. Um puto de nove anos, segundo a sua descrição, com um sotaque profundo e uma barriga onde se pode ler "excesso de McDonald's", que quer fazer um vlog ou simplesmente ter vídeos no Youtube. E porque não? Força nisso puto!

Isto faz-me lembrar a minha mocidade, os anos de puberdade passados no Algarve onde, em conjunto com uns amigos e várias borbulhas faciais, também pensei em fazer sucesso no Youtube. Não conseguimos. Contudo, podemos orgulhar-nos do resultado, sem contar com os penteados que eram deveras horrendos, há oito anos atrás o meu cabelo, se tivesse vida própria, iria suicidar-se todas as manhãs ao olhar-se ao espelho. Isso talvez explique porque perdi a virgindade tão tarde mas isso são linhas para outros textos. Belas tardes a jogar PES na Playstation e a criar conteúdos humorísticos, sempre na galhofa. Talvez um dia me debruce sobre esse grupo de gaiatos bonitos. Fizemos, a nível local, quatro espectáculos ao vivo, enchemos uma sala com cerca de oitenta lugares e actuamos para mais de duas mil pessoas. E era apenas uma brincadeira de gaiatos. Alguns vídeos ainda estão online, algumas ideias ainda estão perdidas em pastas escondidas no computador ou em antigos cadernos. Algumas ideias ainda podem valer umas boas gargalhadas, mesmo tantos anos depois. Mas tivemos pouca sorte, por isto ou por aquilo, não fomos capazes de contrariar algumas adversidades e deixamos o projecto morrer.

Por isso, e por muitas mais razões, deixo aqui uma palavra de incentivo aos vários Putos Miguéis e putos como eu há oito anos atrás: não desistam, deixem-se levar pela imaginação e façam alguma coisa por vós. Eu, que nunca andei de avião sequer, conheço dezenas de youtubers norte-americanos, mas conheço poucos portugueses. Há que incentivar os corajosos que se arriscam perante milhares ou milhões de "espectadores". Quantos mais aparecerem, maiores as probabilidades de termos bons youtubers portugueses, bons comunicadores, bons humoristas. Nos Estados Unidos, existem milhões de youtubers mas apenas dezenas merecem crédito. Não podemos esperar que em Portugal todos os youtubers sejam bons. É preciso que apareçam muitos, maus, péssimos, indiferentes, até que apareça um bom, dois bons, muitos bons. Se Jesus fez a multiplicação dos pães, que se faça a multiplicação dos youtubers portugueses!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Efeito bola de neve


Nunca vi neve, já vi gelo ou algo parecido com neve mas neve a sério, como se vê nos filmes, nunca vi. Talvez porque venha do Algarve, conhecido pelo calor e praias, talvez por viajar pouco ou nada, talvez por não gostar do frio. O facto é: nunca vi neve. Mas é como se visse neve todos os dias, ou pelo menos estou metido numa grande bola de neve.

Li há pouco que vão fechar mais 15 salas de cinema no Algarve, nove na Guia e seis em Portimão. Isto no dia seguinte a ter ido ver o novo filme de Tarantino ao cinema e ter encontrado uma sala a meio gás, mesmo com os descontos de segunda-feira. Isto depois de já ter lido que o número de espectadores diminuiu em 2012. Isto depois de ter visto que o filme Morangos com Açúcar teve um sucesso do camandro. Isto depois de ter visto que os bilhetes de cinema aumentaram de preço a velocidade vertiginosa nas últimos anos. Isto depois de ver que o IVA na cultura subiu à bruta. 

Conclusão: este país destrói-se a si próprio, destrói a sua identidade, vende-se ao preço da uva mijona, compra tudo o que é estrangeiro, apoia tudo o que é vergonhoso, expulsa os inteligentes e corajosos.

Os Globos de Ouro portugueses e outros prémios nacionais são uma ofensa à cultura. Não me apetece divagar sobre os vencedores, gosto de ir ao fundo da questão e indagar-me contra a sua nomeação. Lá fora, temos realizadores, filmes e actores portugueses que são galardoados em vários festivais, cujo valor junto da indústria cinematográfica é enorme. Mas de que importa isso para nós? Afinal de contas, são portugueses. 

A cultura está cara, os espectadores pensam duas vezes antes de ir e tentam escolher algo que sabem que vão gostar. E o efeito bola de neve está para durar. 

Hipoteticamente falando, eu ganhava X e conseguia ir várias vezes ao cinema, ao teatro, ao futebol, comprava jornais e revistas, comprava livros, tinha um bom telemóvel e roupa de marca. O Estado lembra-se a tirar-me uma bela fatia do ordenado e começo a cortar em algumas coisas que gosto de fazer. Como se não bastasse, tudo aumenta de preço. Para melhorar, aumentam os serviços, a água, o gás, a electricidade, os transportes, as idas ao médico, o preço do combustível, e vou cortando no uso que dou ao dinheiro. Mas o pão e as compras no supermercado também aumentam e eu passo a comprar produtos mais baratos e em menores quantidades. Antes ia almoçar fora todos os dias e bebia um refrigerante mas sinto o bolso mais apertado e vou só uma vez por semana. No café onde almoçava o dono queixa-se que os produtos que compra estão mais caros, tem de pagar mais impostos sobre o que vende, tem de pagar mais pelas contas de utilização do espaço, é obrigado a aumentar uns míseros cêntimos no que vende mas a clientela está falida e nota o aumento, deixando de ir com tanta frequência. Tudo fica mais caro e a carteira mais curta. Perco dinheiro, perco qualidade de vida, e nem o "desenrascanço" de português me tira do sufoco ao fim do mês. E a bola de neve vai crescendo e parece que neste momento só tenho neve na carteira. O que me vale é que estou a falar no "hipoteticamente"...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Há coisas que magoam

As palavras magoam, os gestos magoam, um pontapé no meio das pernas aleija para caraças e entalar certas partes do nosso corpo no fecho éclair pode deixar o mais valente dos homens a desejar que a sua vida acabe. Hoje, ia quase entalando certa parte do meu corpo no fecho das calças e fiquei a suar só de ver a proximidade. Estive a escassos nano-milímetros e a um nano-segundo de chorar que nem um pequeno petiz a quem dizem que já não há tarte de natas e que o Pai Natal morreu num acidente de trenó porque o Rodolfo não respeitou um STOP e foi abalroado por um Boeing 747.

Pronto, já passou, já posso voltar a respirar normalmente e com a certeza de que, até à próxima ida à toilette, estarei em segurança. Não me consigo habituar àquilo de calças com botões, dá uma enorme trabalheira e às vezes uma pessoa está mesmo aflita e há aquele último botão que só desarma se tivermos grande mestria e precisão para o fazer saltar do aconchego, sem falar que os botões criam ali um enchumaço que as raparigas ficam a pensar que somos todos descendentes do Kid Bengala. A vida continua e a semana ainda mal começou.

Eu tinha uma boa ideia para este texto mas, visto que o nível da conversa está abaixo da cintura (no caso do Kid Bengala ou está no chão ou no pescoço porque a "régua" não se acomoda em ficar abaixo da cintura), vou-me deixar de boas ideias. Quem sabe, logo publico algo interessante ao final da tarde ou amanhã.

Deixo apenas um conselho, principalmente para os mais jovens: levantar o tampo da sanita, abrir a braguilha (seja de botões ou fecho convém abrir), processo de aliviação, sacudidela, e agora muito importante - recolha, e fecho da comporta. Todos os dias, de preferência várias vezes ao dia para que o sistema funcione em condições. Para os jovens que não conhecem o Kid Bengala tenho uma dica: se a tua mãe costuma usar o mesmo computador que tu - elimina o histórico da Internet após pesquisares pelo senhor... Boa semana amigos!

sábado, 26 de janeiro de 2013

Rúben Faria, novo herói nacional (por breves instantes)

Rúben Faria, 38 anos, algarvio (cada vez sou mais orgulhoso por ter nascido neste Reino), piloto de motos, vice-campeão do Dakar2013.

Facto: a missão dele era ajudar Cyril Despres a vencer o seu quinto Dakar - missão cumprida.
Facto: liderou o Dakar e "perdeu" a liderança para o francês - profissionalismo.
Facto: queria terminar no top 5 - ficou em 2.º.
Facto: tivemos quatro pilotos portugueses no top 10 - em equipas estrangeiras com patrocinadores estrangeiros.
Facto: à chegada a Portugal todos os jornalistas conheciam Rúben Faria e estavam fãs à sua espera no aeroporto - à partida ninguém fez alaridos e só Hélder Rodrigues interessava.

Rúben Faria (11) ao lado de Despres (1).
Quando saí da Universidade tinha uma visão diferente de muitas coisas no mundo, uma visão mais elaborada, mais atenta, mais picuinhas. Passei a tomar mais atenção aos detalhes e aos pormenores, deixei de ter uma visão ingénua sobre o que acontece à minha volta. No desporto, esse mundo que tanto adoro, comecei a reparar em coisas insignificantes como a expressão dos desportistas, os movimentos, as suas acções, as suas decisões. Consigo adivinhar lances ou jogadas durante o desenrolar das mesmas. Ainda não consigo prever o futuro mas decerto que há seis anos atrás tinha um olhar diferente sobre as coisas. E também passei a reparar no público. Nos estádios de futebol, para puxar o exemplo mais típico do povo português, existem adeptos e grupos de adeptos ou claques que puxam pelas equipas e pelos seus ídolos (ou que simplesmente chamam nomes e insultam os árbitros mas isso agora não interessa). Porém, enquanto que em Inglaterra e na Alemanha, pelo que vejo na televisão por cabo, os adeptos puxam pelas equipas do início ao fim, em Portugal são as equipas que puxam pelos adeptos. Se a equipa está a jogar mal os adeptos adormecem mas se a equipa faz uma jogada fantástica ou marca um golo, o estádio ganha vida, um imenso ruído torna o ambiente fantástico e durante uns segundos parece que estamos a viver o jogo, depois tudo volta a acalmar.

Com o Rúben aconteceu a mesma coisa. Era apenas mais um a caminho da América do Sul mas a sua magnífica prestação cativou os olhos da imprensa e de um país, somou pódios, liderou a prova-rainha de todo-o-terreno e terminou na melhor classificação de um português na prova. À chegada a Portugal era o maior! Aproveitou para mostrar a sua humildade, ao dizer que a sua missão sempre foi ajudar o seu companheiro e que se fosse preciso parar para que Despres ganhasse, ele parava e cedia a vitória, e para deixar uma pequena mensagem ao país "três pilotos de motos no top 10 e nenhum patrocinador português". Como te percebo bem compatriota, como te percebo bem. Esta semana foi um herói, candidato a maior figura do desporto nacional, esteve naqueles quadradinhos das capas dos jornais que costumam ser dedicados aos filhos que dão tiros de caçadeira nos pais, 15 minutos de merecida fama e o público vai deixar de puxar por ele até que ele volte a puxar pelo público. Triste sina esta de nascer português. Mas o desporto motorizado português está bom e recomenda-se! Miguel Oliveira, no Moto GP, e Félix da Costa, na Fórmula 1, são as promessas que se seguem, atentem no que vos digo! Bom fim-de-semana amigos!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Criar crocodilos é o negócio do futuro

Ontem foi notícia que "fugiram 15 mil crocodilos de uma quinta dedicada à criação daqueles animais na África do Sul"... (pausa) 15 mil crocodilos, quinta, criação... Já tinha ouvido falar em criação de gado, de pintos, de aves exótivas, de abelhas, mas criação de crocodilos?

Quem é que cria crocodilos e porquê? A sério, gostava de conhecer a quinta e o dono. Isto faz-me pensar (sim, grande parte do meu dia é passado a pensar nestes assuntos cujo conteúdo de interesse ronda o nulo negativo). "Some day, and that may never come", citando o grande Don Vito Corleone, gostava de criar alguma coisa. Não digo uma criação de crocodilos porque não percebo muito de crocodilos. Digamos que os meus conhecimentos de crocodilos derivam um pouco em redor do Peter Pan e dos domingos à hora de almoço no National Geographic em que os crocodilos fazem sempre o papel de maus e comem antílopes e zebras. Nem quero imaginar a despesa que teria a alimentar comedores de herbívoros de 200 a 300kg. Será que tinha de criar também zebras e antílopes para alimentar os crocodilos? No supermercado onde compro comida para o meu gato nunca vi comida para crocodilos, teria de mandar vir do ebay? Era preciso ter um lago ou um pântano para criar crocodilos? Se tivesse um rio a passar na minha quinta eles podiam fugir e seria aborrecido. Os crocodilos levam vacinas? O veterinário que vacinou o meu gato era gordinho e baixinho e parecia um bocado cobarde, aliás, antes de sedar o gato ainda foi atacado duas vezes e escondeu-se atrás do sofá a chorar enquanto eu segurava calmamente o gatinho, duvido que ele vacine crocodilos. Mas eu não iria querer criar crocodilos doentes. E tinha de contratar alguém para dar banho e puxar o lustro às escamas, os meus bichinhos tinham de estar bonitos e lustrosos. Curiosamente nunca vi anúncios a pedir puxadores de lustro de reptéis. É uma área para investir.

"O Xiquinho no dia do seu baptizado, antes de vestir o fato e comer o caniche da vizinha. Sempre a sorrir para a fotografia."
E agora, de forma genial, acabei de ter uma ideia para um negócio. Vou abrir uma quinta para criar crocodilos! Aliás, várias quintas, uma para aligatores, outra para caimões, outra para jacarés, outra para gaviais. Depois abria uma escola de tratadores de crocodilos e no primeiro ano de curso as aulas práticas seriam na quinta dos pequenos caimões, que parecem ser os bebés-crocodilo mais fofinhos e estão sempre a sorrir com os olhos a brilhar na direcção dos antílopes. E os alunos mal comportados iam de castigo para a jaula dos aligatores adultos. Posso até criar um parque de diversões com passeios no lago para ver os crocodilos, na minha terra dão passeios no mar para ver os golfinhos e os turistas adoram aquilo, tudo o que mete passeio, água e animais, os turistas deliram. Até podem tirar fotos com os crocodilos e fazer festinhas, no Zoomarine as crianças pelam-se por fazer festinhas aos golfinhos. Dá para fazer festas de aniversários temáticas. Os crocodilos camuflam-se e as crianças têm de ir caçá-los. A última criança viva ou aquela que tiver mais membros ganha um gelado. Vai ser um espectáculo!

Estas modas sociais...

As redes sociais e esse mundo que há-de ser eternamente recente, essa coisa de Internet, não deviam estar ao alcance de todos. Para criar uma rede social, para além de idade mínima e conta de e-mail, devia ser requerido aos candidatos que preenchessem um pequeno questionário ou teste de QI.

Ora vejam, depois do planking, do milking e de muitas outras coisas maradas, dizem que agora está na moda tirar fotografias na neve... todos pelados. Eu até nem sou contra a ideia de ver miúdas de corpos esbeltos na neve em trajes menores ou sem trajes mas não acho que seja boa ideia isso virar moda. Pela mesma razão que eu não vou a colónias de nudistas. Fui uma vez, é verdade, mas correu mal. Ao fim de dois dias a ver mulheres nuas a toda a hora, bonitas e feias, comecei a fartar-me da situação. Não me interpretem mal, já voltei a gostar de ver mulheres peladas mas na altura ficava mais excitado com uma muçulmana de burka do que com uma top model pelada. E a ver gente pelada na neve vai tirar a piada a ver, efectivamente, miúdas de corpos esbeltos na neve em trajes menores.

in cmjornal.xl.pt
Contudo, estas modas deixam-me preocupado e as redes sociais são um templo das modas, das invejas, dos copianços. Se os meus amigos gostam disto, também vou gostar disto, se eles fazem isto, também quero fazer isto, se eles vão de férias para uma praia paradisíaca eu quero ir de férias para uma praia ainda mais paradisíaca. Acredito que algumas modas sejam giras e que algumas ideias contribuam para uma enorme paródia mas fico reticente quando penso na moda duck face ou até no planking. E na neve deve fazer um frio desmandado que aquilo mirra tudo. Que diachos, vou ver se aproveito o fim-de-semana para dar um saltinho à Serra da Estrela para tirar umas fotos pelado na neve ou, se não houver neve por lá, aproveito uma viagem aérea low cost, que a vida não anda para grandes luxos, e viajo até um sítio qualquer onde haja neve por menos de 10 euritos. Só espero que nada congele com o frio que eu venho dos Algarves e estou mais habituado a ver gente pelada ao calor...

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Meia volta na distrital algarvia


Disse, há umas semanas, que tinha sido convidado para escrever umas linhas sobre futebol no Algarve. Aqui fica o resultado, publicado online no site www.litoralgarve.com.


"Metade do campeonato volvido, altura de análises e balanços, momento de apontar as surpresas e as desilusões, tempo de lançar os búzios e tentar adivinhar quem vai ser campeão no final da outra metade. Com pena disse adeus à 2.ª distrital mas com grande vontade disse olá à "Distrital".

Posto isto, permitam-me que divida este texto também em duas metades. Primeiro: a situação financeira do país levou ao desaparecimento de vários emblemas e obriga a novas ginásticas por parte das direcções. Segundo: com tristeza vejo a tabela classificativa tão estratificada.

Crise, crise e mais crise. Dívidas, falta de dinheiro, austeridade, fim de subsídios, adeus Estado amigo. Tenho pena que vários emblemas tenham desaparecido mas a situação já se andava a arrastar há alguns anos e o fim, de alguns, era inevitável. Muitos clubes e associações persistem à conta das autarquias, do Estado. Meus amigos, o Estado está falido e esse modelo morreu há muitos anos. Ainda existem autarquias que conseguem resistir e continuam a alimentar clubes, claro que existem, mas na sua maioria este modelo tende a extinguir-se a si próprio. Tenho pena pelos jovens, sempre eles os mais afectados, que perdem referências desportivas na sua terra. E o facto de jogarem bem ou mal é um mero dado estatístico, em campo estavam mais que 11 jogadores, estava uma aldeia, uma vila, uma freguesia, um município, várias famílias e uma paixão. É preciso que as gentes da terra se unam para combater o fim do desporto regional. Patrocinadores, marketing, redes sociais, sponsoring, essas palavras esquisitas têm de ser amigas para que o futuro seja possível. Há 10 anos era frequente ver na camisola das várias equipas, de futebol e não só, a letras grandes e todas pimponas "Câmara Municipal" ou "Município". Maior e, em largos casos, único apoio dos clubes. É urgente que o comércio local, as pessoas de posses e os empresários que investem no Algarve apoiem o desporto regional. Contudo, ninguém no seu perfeito juízo investe dinheiro sem retorno, excepto o Estado. E aí está um dos maiores obstáculos dos clubes para os próximos anos: convencer aqueles que podem apoiar. "Porque vou eu investir dinheiro num clube? O que ganho com isso?" Duas perguntas mágicas às quais é preciso responder para sobreviver neste século XXI. Mais do que resultados desportivos, as empresas procuram um retorno, pretendem ter mais clientes, facturar mais, trabalhar mais. Se o supermercado A patrocina o clube da terra e o supermercado B não, de certeza que umas poucas pessoas vão optar por fazer compras no supermercado A.

Em termos futebolísticos, existem, infelizmente, dois grupos bem distintos na classificação. Na metade superior estão as equipas que militavam na 1.ª distrital no ano transacto, na metade inferior estão as equipas da 2.ª distrital mais o Alvorense, último da 1.ª. Estou desiludido porque esperava mais de certas equipas. O Aljezurense, por exemplo, campeão sem derrotas da 2.ª, soma apenas quatro pontos em casa, depois de ter estado ano e meio sem sofrer derrotas no seu reduto. Também o Ferreiras me desiludiu com o seu fraco início de época. Pela positiva tenho de elogiar o trabalho do Moncarapachense e Culatrense, com várias caras novas conseguiram criar um grupo para lutar, quem sabe, pela subida. O desaparecimento de certas equipas levou a que vários jogadores procurassem novas aventuras e algumas equipas conseguiram reforçar-se bem. Temos muitos jovens a despontar e é com alegria que vejo quatro equipas na luta pela subida, separadas por apenas seis pontos. Resta saber quem acredita ter condições, financeiramente e a nível de estruturas, para disputar a 2.ª Divisão Nacional. Penso que o Imortal ainda irá subir na classificação mas continuo a ver no Ferreiras o principal candidato. Depois de ter deixado escapar a subida o ano passado, Ricardo Moura parece orientar a melhor formação da distrital. Já faltam menos de cinco meses para sabermos as respostas a todas as perguntas. Venha daí a segunda volta, com muitos golos e emoção!"