quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A complexidade da água

Escrever sobre água. Não sou desportista, já fui um mero amador. Hoje em dia jogo futsal (mal) uma vez por semana e nem faço running nem gym, que são as cenas da moda. Mas dei por mim a fazer uma pesquisa sobre água. Sobre os seus benefícios, sobre as diferenças entre diferentes tipos de água.

E, o que para muitos pode não ser uma novidade, descobri que existem várias classificações de águas. Agora já sei que existem águas com pH diferente - existe Água ácida... 

Para ver aqui: http://umafatiadepaoeumcopodevinho.blogs.sapo.pt/a-complexidade-da-agua-35953

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Queridos, mudei de casa

Em primeiro lugar, não me confundam com o outro palerma que apresenta um programa de televisão por cabo.

Em segundo lugar, vou mudar de casa virtual e de casa física. Estive uns tempos pelo Algarve e regressei esta semana à capital deste país nosso. Novo ano, novo emprego, adeus ao desemprego e a este espaço que me acolheu durante uma catrefada de meses.

Mas é só isso que muda - o endereço. Os conteúdos e temas não sofrem alterações, continuo a ser eu o fantástico autor e hei-de falar de pinguins ocasionalmente. Podem continuar a seguir as minhas opiniões via Sapo.

Querem ver como? Saltem para aqui - http://umafatiadepaoeumcopodevinho.blogs.sapo.pt/


Somos todos Charlie, menos os ignóbeis

Ontem foi um dia triste para a liberdade. E para a humanidade.

Todo e qualquer tipo de violência gratuita é uma estupidez. A violência em si é uma estupidez. Todos os actos de terrorismo são lamentáveis. Mas hoje foi algo mais. Hoje não foi apenas um ataque a um jornal ou um ataque religioso. Hoje foi um ataque à liberdade de imprensa, um ataque à liberdade de expressão, um ataque ao jornalismo, um ataque ao humor, um ataque à liberdade. Não foi apenas um ataque contra os anti-islâmicos, foi um ataque sem religião. Durante séculos a humanidade lutou para que todos os cidadãos pudessem ter direitos, esses direitos e outros, como o direito à vida.

Afirmo que não sou religioso. Sou cristão de baptismo mas não sou praticante. Não sigo ideiais teológicos nem ligo a doutrinas. Mas recuso-me a acreditar que algum Deus de alguma religião incite à violência. A fé ou religião, como preferirem, não deve ser uma justificação para tais acções. Não foi Alá ou qualquer outro deus que matou 12 seres humanos. Foram uns ignóbeis que cometeram um crime contra a humanidade.

Ignóbeis tal como certos seres vivos, presumivelmente pouco racionais, que ao saber que 12 pessoas morreram conseguem dizer que não se deve gozar e desrespeitar os outros. Ignóbeis que não entendem o que é humor. O humor, ou a comédia dentro de qualquer das suas vertentes, não é uma provocação, não é um tipo de ofensa. Humor é uma forma de expressão. O humor foi e sempre será uma arma contra a opressão. Tal como o jornalismo, tal como a própria liberdade!

Aqueles que pensam compreender estes actos estão a lutar contra si próprios. Contra o direito de expressão, contra o direito de pensar. O vosso direito a achar que os humoristas e jornalistas se puseram a jeito é o mesmo direito que lhes permite fazer uma caricatura sobre Maomé ou Alá ou Deus ou um panda! A humanidade lutou durante séculos para que todos pudessem ter direito à opinião. À minha opinião, à vossa opinião, à opinião dos oito jornalistas assassinados. Matar não é um direito. Usar o terrorismo para dizer que a nossa opinião é maior que a dos outros não é um direito.

Ontem, hoje, amanhã e depois, sou pela liberdade!

"... prefiro morrer de pé que viver de joelhos", Stéphane Charbonnier, director do jornal Charlie Hebno em 2012

PS: deixo um link com alguns dos cartoons mais bonitos do dia de ontem.
Je suis Charlie!

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

À espera do tempo

Odeio a função pública. Estou no meu direito. Chama-se a isto liberdade, de expressão, de pensamento, liberdade. Possivelmente ela também me odeia, faz-me esperar um dia para me despachar em dez minutos. Mas quem estava à minha frente demorou mais tempo. Pareceu-me.

Não odeio a função pública. Por norma até sou atendido por pessoas simpáticas e prestáveis. Mas a espera que me fazem passar para no final me responderem com um "Sabe como é"...

Enquanto três pessoas foram atendidas consegui ir meter gasoleo, fazer umas compras rápidas no supermercado e ainda passei em casa para lavar a loiça. Sou o Flash? Acho que não, porém, sinto que o tempo é mais lento que eu.

Quando vim tirar a senha havia uma miúda a fazer companhia à mãe. Já se tornou uma mulher, engravidou e foi atendida antes de mim por ter prioridade. 

Mas a culpa não é de quem trabalha cá. É sempre do outro. Do chefe, do director regional, do Passos Coelho. Bem podiam contratar mais três ou quatro funcionários e reduzir a taxa de desemprego. Se calhar sou um revolucionário.