quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Os Franquelins desta vida

Ai os Franquelins desta vida. Num país de fachada, existe ainda alguém que acredite em política? No Governo há muito que ninguém acredita, aliás, é comum dizer-se que o povo vota nas pessoas mas quando estas chegam ao poleiro vira tudo igual, e parece que agora vamos deixar de confiar nas pessoas. Eu, por respeito a mim mesmo, vou, que fique oficialmente aqui explícito, deixar de acreditar em política. Se fosse falar de democracia perdia caracteres e tempo, e se o tempo é dinheiro, mais vale poupá-lo e evitar gastá-lo em futilidades.

Este Franquelim (uma adaptação foleira de um nome estrangeiro que faz lembrar um cantor pimba) é o novo bobo da corte, ou seremos nós os bobos "desta corte". Hoje é notícia o facto do rapaz ser um consultor precoce, aos 16 anos já fazia consultoria (um prodígio, talvez) a uma empresa que viria a ser criada passados 19 anos (duplo prodígio, diria eu, um visionário)! Como não sou jornalista, fui à Infopédia onde diz que o Franquelim entrou na empresa em questão dois anos após ter terminado a licenciatura em Economia, ou seja, entrou para a empresa aos 27 anos e não aos 16 (maldita Infopédia, a deitar por terra um prodígio português com nome de cantor pimba). Ao que acrescento que a dita empresa, fundada em 1989, deriva da junção de duas empresas que já existiam há largas décadas. Mas esse trabalho de investigação cabe a jornalistas e detectives, eu sou apenas um ser chato.

Na verdade, estou-me nas tintas para o currículo dos nossos governantes, licenciados em aldrabices. A credibilidade é algo que se esconde ao ouvir falar deste governo desgovernado. Franklim, à inglesa, era o nome de um gato que nasceu no palheiro da minha avó. Posso até confidenciar que fui padrinho do gatinho, e a minha prima foi a madrinha. Procedemos ao baptismo, com direito a água benta e tudo! Vá, era água da torneira mas nunca me descaí ao pé do Franklim, gato. O Franklim, gato, nunca foi à Universidade, nunca trabalhou na vida, casou-se, teve filhos, e desapareceu do mapa. Com estas histórias todas do Franquelim, à portuguesa, liguei à minha avó a perguntar pela família do Franklim, o gato. Ao que parece, o Franklim, gato, dizia à mulher que tinha um bom currículo e que tinha tirado uma licenciatura, possivelmente tirada ao domingo. A pobre esposa, agora viúva sem nunca se ter despedido do cadáver de Franklim, gato, conta que a última vez que o viu ele disse que ia comprar tabaco. Se fosse eu tinha desconfiado - o Franklim, gato, não fumava. Se calhar fugiu para o Brasil ou foi adquirido por alguma empresa angolana. Ele ultimamente andava com ar suspeito, já nem caçava ratos da mesma maneira. Nunca mais ouvi falar dele, Franklim, o gato.

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