terça-feira, 6 de janeiro de 2015

À espera do tempo

Odeio a função pública. Estou no meu direito. Chama-se a isto liberdade, de expressão, de pensamento, liberdade. Possivelmente ela também me odeia, faz-me esperar um dia para me despachar em dez minutos. Mas quem estava à minha frente demorou mais tempo. Pareceu-me.

Não odeio a função pública. Por norma até sou atendido por pessoas simpáticas e prestáveis. Mas a espera que me fazem passar para no final me responderem com um "Sabe como é"...

Enquanto três pessoas foram atendidas consegui ir meter gasoleo, fazer umas compras rápidas no supermercado e ainda passei em casa para lavar a loiça. Sou o Flash? Acho que não, porém, sinto que o tempo é mais lento que eu.

Quando vim tirar a senha havia uma miúda a fazer companhia à mãe. Já se tornou uma mulher, engravidou e foi atendida antes de mim por ter prioridade. 

Mas a culpa não é de quem trabalha cá. É sempre do outro. Do chefe, do director regional, do Passos Coelho. Bem podiam contratar mais três ou quatro funcionários e reduzir a taxa de desemprego. Se calhar sou um revolucionário.

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