terça-feira, 22 de maio de 2012

Cerveja a patrocinar desporto?

A legislação portuguesa tem umas alíneas esquisitas em que coloca restrições e proibições ao patrocínio desportivo por parte de bebidas alcoólicas, indústria tabaqueira e empresas associadas ao jogo. Existe, obviamente, algo na lei que permite ir contornando a situação à vontade dos mais espertos.

Entre trocas e cambalachos, a Unicer renovou o acordo de patrocínio com o FC Porto e com o Sporting CP, através da marca Super Bock. Não é Super Bock Zero, é mesmo Super Bock que figura nas camisolas e nos estádios. Supostamente é proibido mas continua a fazer-se. Entre proibições e aldrabices o campeonato nacional de futebol já se chamou Liga Bwin e agora é Liga Zon Sagres. Pequenos pormenores. E muitas mais marcas à espera sem que os deixem investir.

Não me entendam mal, muito pelo contrário. Sou completamente a favor da liberalização! Por mim a camisola dos clubes podia estar cheia de marcas de bebidas alcoólicas e de tabaco! Devíamos liberalizar o naming, que vai surgindo em desportos como o andebol e o basquetebol e passar a ter o Benfica Sagres ou o Sporting Super Bock! Abram esse mercado. O Real Madrid, quiçá o maior clube do mundo, é patrocinado pela Bwin, o Liverpool foi durante muito tempo patrocinado pela Carlsberg, a equipa onde corre o Miguel Oliveira em Moto3 chama-se Estrella Galicia 00 (cerveja da gama sem álcool, porém, cerveja). São empresas sedentas em investir. Que tal vos parece amigos políticos? 

Até já me estou a imaginar a comprar um garrafão de tinto com desconto de sócio.

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